Luiz Carlos Freitas questiona o amor romântico em novo livro

Literatura

Luiz Carlos Freitas questiona o amor romântico em novo livro

Tons de vermelho sangue será lançado nesta quinta-feira, com sessão de autógrafos na livraria Mundial

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Luiz Carlos Freitas questiona o amor romântico em novo livro
Autor pelotense traz de volta o personagem Lucas Portugal, seu alter ego (Foto: Ana Claudia Dias)

O escritor e jornalista Luiz Carlos Freitas lança nesta quinta-feira (15) o romance Tons de vermelho sangue (editora Ibis Libres, 207 páginas), o 12º livro da carreira do romancista pelotense. A sessão de autógrafos ocorrerá na Livraria Mundial, na rua 15 de Novembro, 563, a partir das 18h30min. A obra estará sendo vendida no local a R$ 70,00.

Tons de vermelho sangue tem Pelotas como cenário e trata sobre encontros, desencontros e destino, enquanto o autor questiona a existência do amor romântico. “Ou é tudo uma invenção, uma imposição da sociedade, das mídias, esse questionamento está no livro. Embora os protagonistas tenham uma história amorosa, ambos se questionam se é amor ou uma paixão passageira”, comenta o autor.

Na trama criada por Freitas, a complexa e enigmática, Lara resolve contratar um biógrafo, o jornalista Lucas Portugal, que naquele momento vive uma crise existencial, para escrever as suas memórias. A personagem foi diagnosticada com um tumor no cérebro inoperável e está em estado terminal.

Essa não é a primeira vez que Lucas Portugal aparece em um livro de Freitas. O jornalista da ficção é o personagem principal do romance autobiográfico, Confissões de um cadáver adiado, de 2024. O próprio autor comenta que o personagem é o seu alter ego.

“Foi invenção minha quando comecei a trabalhar no jornalismo”, conta o escritor. Na década de 1990, Freitas trabalhava no jornal A Opinião Pública e mantinha três colunas, cada uma assinada por um pseudônimo: Lucas Portugal, era um deles.

Mas o que em princípio parece simples, torna-se complexo, na medida que Portugal vai descobrindo as verdadeiras intenções de Lara. “Ela está tentando colocar em ação um plano. Ela tem uma filha que se chama Larissa e ela tem um plano que envolve o Lucas Portugal”, antecipa o autor.

Dostoiévski inspira

O livro, no estilo romance psicológico, tem influência do escritor e filósofo russo Fiódor Dostoiévski, um dos autores preferidos de Freitas. Engavetado desde 2008, a obra estava praticamente pronta há algum tempo, na espera.

A oportunidade de lançar a obra veio depois de Confissões de um cadáver adiado. “Foi um livro que me exigiu muito, um livro extremamente complicado, porque fui buscar coisas lá da minha infância e da doença que enfrentei e superei”, explica.

O ar que respira

Como ficar sem escrever não é uma opção, Freitas foi em busca de algo mais leve, mas que não deixasse de instigar reflexões sobre os conflitos íntimos e as armadilhas da vida. “Escrever é uma luta inglória, a gente escreve porque é uma espécie de vício. Para mim é como se fosse o oxigênio que eu respiro.”

Freitas é autor de 12 romances e um livro de contos, uma produção literária intensa que ele tem desenvolvido nos últimos 30 anos. “Se não escrevesse estaria morto”, diz.

Para coroar essa dedicação, Freitas foi convidado para participar da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que ocorrerá entre 13 e 22 de junho. O pelotense estará por lá no dia 21, às 14h30min, no estande da editora Urutau, editora de Confissões de um cadáver adiado.

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