Passa pelo comportamento

Editorial

Passa pelo comportamento

Passa pelo comportamento
(Foto: Jô Folha)

Cobrar o Poder Público é praxe do brasileiro. Temos por hábito culpar o governante por todos os pormenores que existem na nossa vida. É o clássico jargão de que “se um casal briga pela manhã, a culpa é do prefeito”. No entanto, é necessário que, conforme evoluímos como sociedade e como cidadãos, passamos a encarar nossas próprias atitudes mediante à comunidade em que estamos inseridos. De fato, é responsabilidade do governo limpar as ruas e esvaziar contêineres. Mas não podemos deixá-las mais limpas, mudar um pouco nossa postura e termos noção de que somos parte do processo?

A situação no Centro de Pelotas é vergonhosa em muitos pontos. Imagina descer com um turista que está na Cidade do Doce pela primeira vez, levá-lo à rua temática do nosso principal produto gastronômico e lá ele se deparar com pilhas de papelão, chorume escorrendo das sacolas e o mau cheiro tomando conta das narinas. É questão de marketing, até: uma cidade limpa é mais atraente para seu morador, para seu visitante e isso é levado adiante.

Todo mundo se encanta com a beleza de locais como Gramado, Curitiba e outros. Só que esses lugares já têm a cultura da limpeza, da responsabilidade individual perante a qualidade de vida no município e que pequenas atitudes impactam o macro. Por isso, é importante trazermos também para cá uma postura nesse sentido. Isso passa por uma educação e fiscalização constante exercida pelo próprio cidadão. É importante chamar atenção do amigo, alertar o vizinho, criticar o familiar que não separa lixo… Aos poucos, é construída uma nova consciência.

Do lixo do Calçadão ao plástico que tranca os canais quando chove, a prefeitura tem total responsabilidade de fazer o recolhimento e dar destino. Quando não o fizer, tem que ser duramente cobrada. Mas o cidadão tem tanta responsabilidade quanto o gestor público de entregar uma cidade melhor para se viver. Aos poucos, precisamos avançar nisso, sob pena de se não o fizermos, teremos uma cidade feia e nada atraente. E ninguém quer isso.

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