A cidade de Rio Grande amanheceu na segunda-feira sem o serviço de transporte coletivo. A greve dos motoristas de ônibus, liderada pelo Sindicato dos Rodoviários da cidade, paralisou 100% da frota de coletivos. Foi realizada uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), entre a empresa responsável pelo serviço e o sindicato, e um possível acordo entre as partes será apresentado aos motoristas, em assembleia, no final da tarde.
Uma das deliberações do TRT na audiência desta manhã fixou, a partir de pedido do Ministério Público, a oferta de 30% da frota de ônibus em horários normais e 50% nos horários de pico, enquanto durar a greve. Os coletivos circularão das 6h às 9h, 11h às 14h e das 17h às 20h no período.
Os trabalhadores reivindicam a adesão a um plano de saúde e correções salariais.
Assembleia decidirá rumo da greve
Está programada, pelas lideranças do Sindicato dos Rodoviários de Rio Grande, uma assembleia com os motoristas, no final da tarde desta segunda-feira, para apresentar a proposta resultante da reunião no Tribunal Regional do Trabalho.
A princípio, o acordo inclui a concessão de diárias para os motoristas que realizam também a cobrança de tarifas (exceto do sistema seletivo) proporcional às horas trabalhadas a contar de 1º de fevereiro deste ano; reajuste de salários e benefícios pelo INPC (que a empresa afirma já estar pagando com a correção), condicionado à manutenção do subsídio pelo Município; e a discussão do plano de saúde ser retomada em junho de 2026.
Serviços essenciais foram mantidos
A Prefeitura do Rio Grande afirma que, apesar de não ser uma das partes envolvidas na negociação, atuou de forma preventiva para garantir a oferta de serviços essenciais para a população nesta segunda-feira, mesmo com a greve dos motoristas de ônibus.
Agentes de trânsito da Secretaria de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança (SMMAS), percorreram, desde as primeiras horas do dia, as paradas de ônibus para orientar sobre a greve no transporte público.
O secretário da SMMAS, Juarez Pinheiro, esclareceu que o executivo rio-grandino ingressou com uma liminar no TRT da 4ª Região, ainda no domingo, exigindo que a empresa garantisse ao menos 30% da frota de ônibus durante horários normais e 70% nos horários de pico. No entanto, o pedido realizado pela Procuradoria do Município foi negado pelo Tribunal nesta madrugada.
Aulas foram suspensas
Por conta da greve dos rodoviários, as aulas na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) foram suspensas nesta segunda-feira, em todos os turnos. O mesmo foi acatado pelo campus Rio Grande do IFRS.
Já na rede municipal de ensino, as aulas foram mantidas após reunião da Secretaria de Educação (Smed) com a direção das escolas. Segundo a responsável pela pasta, secretária Cleuza Sobral Dias, quase a totalidade dos alunos mora perto das instituições de ensino e a eventual falta de funcionários foi corrigida pela logística. “As matrículas da rede municipal são feitas de forma regionalizada, um caso ou outro que não tenha vaga na escola próxima à casa do estudante, a secretaria oferta o transporte escolar”, garantiu.
