Governo autoriza reforma no telhado de escola em Canguçu

após oito meses

Governo autoriza reforma no telhado de escola em Canguçu

Comunidade escolar cobrava providências há oito meses; obra deve começar em até cinco dias

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Atualizado segunda-feira,
12 de Maio de 2025 às 10:45

Governo autoriza reforma no telhado de escola em Canguçu
Comunidade chegou a realizar protestos cobrando melhorias no local. (Foto: Eduardo Silva)

Quase oito meses após a interdição de parte da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmãos Andradas, em Canguçu, o governo do Estado autorizou o início das obras de recuperação da cobertura. O anúncio ocorre após uma sequência de manifestações organizadas por pais, alunos e professores, que reclamavam da demora na execução do serviço e da falta de resposta concreta por parte das autoridades estaduais.

A reforma terá investimento de R$ 112 mil e será supervisionada pela Secretaria de Obras Públicas (SOP), com execução da Cetus Construtora. O contrato prevê o início dos trabalhos em até cinco dias e conclusão em 30 dias, na metade de junho. A demanda será atendida por meio do modelo de Contratação Simplificada, sistema que permite agilizar manutenções em prédios públicos por meio de empresas previamente habilitadas em licitação por lotes regionais.

A autorização foi assinada em reunião com a presença da secretária-adjunta de Obras, Zilá Breitenbach, e representantes da 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), de Pelotas, responsável pela fiscalização da obra, além de membros da comunidade escolar e da prefeitura.

Alívio e satisfação

Contente com o acerto, o diretor da escola, José Vargas, afirma que todos os documentos já foram encaminhados de volta para a SOP e a empresa responsável está apta a começar os trabalhos em breve. Para ele, a ordem de início das obras representa uma vitória após uma longa luta da comunidade escolar. “Há um sentimento geral de alívio e satisfação entre pais, professores e alunos”, diz.

Sobre a situação atual da estrutura, o diretor conta que o telhado deteriorou ainda mais desde os protestos realizados em março. Caíram mais telhas, ampliando o buraco existente, especialmente na parte dos fundos da escola.

Desde o final de setembro, três salas seguem interditadas na escola, o que levou à adaptação de outros espaços — como o refeitório, a biblioteca e a sala dos professores — para abrigar turmas. Os alunos do turno da manhã, por exemplo, chegaram a fazer refeições na rua, enquanto os da tarde almoçam em um corredor próximo ao refeitório.

Com a visita recente da equipe pedagógica da 5ª CRE, está sendo buscada a locação de salas próximas para realocar temporariamente os alunos até retomar o uso normal dos espaços. “Assim que a reforma for concluída e a estrutura liberada, a escola voltará imediatamente a utilizar as salas reformadas”, garante o diretor.

Relembre

No início de março, um grupo de pais e alunos se reuniu em frente à escola Irmãos Andradas, em Canguçu, para cobrar o início das obras no telhado do prédio. A escola está parcialmente interditada desde setembro de 2024, quando parte do madeiramento da cobertura cedeu, comprometendo a estrutura e forçando a realocação de turmas para espaços improvisados.

Naquele momento, o diretor José Vargas afirmou que a comunidade vinha pressionando o governo desde o início do ano. Segundo ele, a promessa da SOP era de que a reforma começaria em até 30 dias após reunião com representantes da escola em janeiro, o que não se concretizou.

Em seguida, a SOP negou que tenha feito promessa de início imediato da obra no início do ano e alegou que a tramitação da demanda exige encaminhamento formal pela Secretaria Estadual de Educação, e, portanto, a promessa não poderia ter acontecido. Ainda assim, afirmou estar ciente do problema e confirmou que os trabalhos começariam nas próximas semanas.

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