Há 100 anos
Dados de um boletim demográfico de Pelotas, divulgados na imprensa apresentam estatísticas da vida social no município em 1924. Entre vetores observados, a exemplo de mortalidade e natalidade, estavam o de “nupcialidade”. Por exemplo, em 1924 aconteceram 450 casamentos, destes, contrariando o senso popular de que maio é o mês das noivas, a maioria dos casamentos ocorreu em setembro, ao todo foram 56 deles. Seguido por julho, 54, e outubro, 51, os demais meses tiverem menos de 34.
Outra curiosidade elencada pelo censo pelotense se refere às idades dos noivos. Casaram 19 homens com idades entre 17 e 20 anos; 212, entre 21 e 25; 116, entre 26 a 30; 71, de 31 a 40; 19, de 41 a 50; 7, de 51 a 60; 6, de 61 a 70 anos.
Se os homens começavam a casar a partir dos 17 anos, para duas jovens de 1924 o matrimônio chegou mais cedo, aos 13 anos, e para uma aos 14. Mas 167 jovens assumiram uma família com idades entre 17 e 20 anos, 185, entre 21 e 25 anos; 50, de 26 a 30; 33, de 31 a 40, nove, de 41 a 50 anos. Apenas três mulheres casaram com idades entre 51 e 60 anos.
Dos noivos do sexo masculino, 393 sabiam ler, enquanto 373 mulheres eram alfabetizadas. Sobre o estado civil dos noivos também há dados: casaram 408 solteiros. Também houve 16 uniões entre solteiros e viúvas, 25 entre viúvos e solteiras e apenas um entre viúvos.
A imprensa publicou apenas as profissões dos noivos. Naquele ano, 179 comerciários e 43 operários subiram ao altar. Ainda um capitalista, um advogado, dois médicos, dois estivadores, um professor, oito sapateiros, 43 artistas, sete alfaiates.
Vestidos curtos
A professora Frantieska Huszar Schneid, que desenvolveu a tese de doutorado Memórias costuradas: O traje da noiva em fotografias de casamento (1920-1969), apresentada ao Programa de Pós Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas, relembra do casamento de sua bisavó Edith Beaucaray Echenique da Silva aos 14 anos, em 1916. “Ela não casou de branco, véu e grinalda. Só as famílias muito abastadas se casavam assim. Do contrário as mulheres casavam com a roupa domingueira, como chamavam, a melhor que tinha”, conta.
Na tese, Frantieska analisa a evolução das vestes de casamento. “Se tu pegar de 1900 até 1990, o único período que tu consegues identificar de cara é os anos 20, porque os vestidos são curtos e o tipo do véu também é diferente. Os outros todos, tanto antes quanto depois, seguem muito o padrão do vestido branco longo, e nos anos 20 não. Isso tem toda uma questão da história da moda, onde a sensualidade tava nos tornozelos, então as bainhas começaram a subir, tem uma influência grande da Chanel aí nesse meio tempo, claro que isso lá na França, mas se refletiu nas práticas vestimentais aqui do Brasil”, comenta a pesquisadora.
Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 40 anos
Artista de São Paulo faz recital em Pelotas
A violonista Ana Maria Bedaque, na época com 20 anos, foi atração em recital na sede da Andrade Neves, do Centro Português 1º de Dezembro, em 9 de maio de 1985. A vinda da artista foi proporcionada pelas antigas Subsecretaria de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura e da 5ª Delegacia de Educação, atual 5ª Coordenadoria Regional de Educação, dentro da programação do Ano Internacional da Juventude.
Meses antes, em 1984, Ana Maria tinha concluído o bacharelado em Música na Faculdade Alcântara Machado, em São Paulo. “Olha, eu tenho 20 anos de idade, estudo violão desde os oito anos, fiz um curso longo e intenso de técnica e interpretação com o professor Henrique Pinto, e fiz o bacharelado em Música. Atualmente, faço aperfeiçoamento com o professor Sérgio Cominatto. Venci concursos, participei de festivais e cursos. E no teu Estado o Rio Grande do Sul. Já estudei com Álvaro M Pierre, Turíbio Santos, Ebelton Gloeden e Paulo Porto Alegre”, contou em entrevista ao Diário Popular.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 50 anos
Oito jovens foram inscritas para concorrer ao título de Miss Pelotas
Naira Regina de Oliveira, Maria de Fátima Xavier de Oliveira, Maria Roselaine Siqueira Cruz, Vera Ribeiro e Rita da Silva Nunes também se inscreveram para o concurso Miss Pelotas 1975. Ao fim do período de inscrições, juntamente com Eliane Bueno e Maria Helena Machado, foi elevado para oito o número de candidatas. Na época, o certame, realizado pela Semturpel, estava ameaçado de não acontecer por falta de interessadas.
Representando a Associação dos Trabalhadores do Capão do Leão, Naira foi escolhida em um concurso no qual participaram seis candidatas. Maria de Fátima estudava no Colégio Estadual Francisco Petrucci, onde cursava o primeiro ano de Auxiliar de Administração, e foi inscrita pelo namorado. Rita da Silva Nunes representou o Diretório Central de Estudantes. O concurso estava programado para a segunda quinzena de maio.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense