A Câmara de Pelotas aprovou nesta semana a lei que cria a política municipal de combate à violência e discriminação contra mulheres em estádios, ginásios e arenas esportivas. Antes de entrar em vigor, a lei precisa ser sancionada pelo prefeito Fernando Marroni (PT).
O projeto, de autoria da vereadora Fernanda Miranda (PSOL), foi elaborado após o episódio em que a equipe de futsal feminina Princesas do Sul foi alvo de ataques misóginos por parte da torcida adversária, em novembro de 2024. As meninas, de menos de 13 anos, faziam parte da única equipe feminina da competição.
A lei estabelece diretrizes como a promoção de campanhas educativas e informativas sobre violência e discriminação de gênero e de respeito às mulheres no esporte, além de estipular canais para denúncia.

Meninas alvos de ataque comemoraram aprovação (foto: Fernanda Tarnac)
“Essa política pública é uma resposta concreta às meninas e mulheres que seguem sendo silenciadas e agredidas no esporte. Ela garante que Pelotas avance na promoção de um ambiente esportivo mais justo e seguro para todas”, destacou Fernanda.
A coordenadora do Princesas do Sul, Gabriela Salvador, comemorou a aprovação da lei. “Esporte é vida, é saúde, então o direito ao acesso deve ser garantido para todos. Ficamos felizes por Pelotas ser pioneira em uma lei de proteção da participação das meninas de qualquer esporte”, disse.