Profissionais da educação pública estadual de Pelotas se reuniram na tarde desta quarta-feira (23), em frente à agência Banrisul da rua Marechal Floriano, no Centro da cidade, em razão do Dia Nacional da Paralisação da Educação. A mobilização ocorreu em todo o país, atendendo à convocação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Após o protesto no Calçadão, os cerca de cem manifestantes também realizaram uma caminhada até o prédio da Coordenadoria Regional da Educação (5ª CRE).
Entre as principais demandas, estão a exigência de valorização de professores, funcionários, especialistas e demais trabalhadores da educação, e a defesa de melhorias estruturais para o ensino no Brasil. O ato pede por uma reposição de 12,14% no salário de todos os profissionais da educação. Além disso, reivindica por um ensino público de mais qualidade e se posiciona contra a privatização e a militarização das instituições.
Segundo a diretora-geral do 24º Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – Sindicato dos Trabalhadores em Educação (CPERS-Sindicato), Bernardete de Ávila, há um sucateamento das escolas públicas da cidade, como diversos casos de obras paradas e até condições insalubres de trabalho. “É um sucateamento que já vem de bastante tempo”, declara a diretora.
Ações anteriores
No mês de março, foi realizada uma caravana organizada pelo CPERS-Sindicato no Estado. A ação visitou praticamente todos os municípios, e isso foi fundamental para identificar a realidade das escolas. Em Pelotas, por exemplo, segundo Bernardete, foram visitados 17 educandários, e materiais foram entregues para reforçar a importância da valorização dos profissionais e da escola pública.
Paralisação nacional
Os participes do ato acreditam que a paralisação nacional tem um potencial de mobilizar uma grande parte da categoria. Segundo Marcos Brizola, auxiliar de educação infantil da Emei Lory Huber, o movimento é importante para dar visibilidade às pautas em defesa da educação pública e reivindicar por melhores condições de trabalho.
Demandas:
- Reajuste salarial e valorização profissional
- Revisão geral de 12,14% nos salários para recompor perdas inflacionárias e garantir poder de compra.
- Melhores condições de trabalho, incluindo planos de carreira e formação continuada.
- Defesa da educação pública e gratuita
- Rejeição à privatização e à militarização das escolas, que, segundo os organizadores, ameaçam o caráter democrático e inclusivo da educação.
- Mais investimentos em infraestrutura, materiais pedagógicos e redução da burocracia que atrapalha a gestão escolar.
- Combate aos cortes e desmonte das políticas educacionais
- Pressão contra os sucessivos cortes orçamentários e a precarização do ensino público.
- Exigência de cumprimento do Piso Salarial Nacional do Magistério e de direitos trabalhistas.