PSOL pode ficar de fora da Comissão de Ética

Opinião

Douglas Dutra

Douglas Dutra

Jornalista

Repórter e colunista de política do A Hora do Sul | [email protected]

PSOL pode ficar de fora da Comissão de Ética

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Caso a denúncia do vereador Cauê Fuhro Souto (PV) contra Jurandir Silva (PSOL) à Comissão de Ética seja aceita, o PSOL vai ficar sem representantes na comissão que analisa os casos do próprio Cauê e da vereadora Fernanda Miranda (PSOL).

O Código de Ética da Câmara determina que vereadores que estejam submetidos a um processo disciplinar não podem ser membros da Comissão de Ética. É por esse motivo que Cauê foi afastado do colegiado pelo próprio Jurandir, que é o presidente da Comissão de Ética.

Por ser presidente, Jurandir só participaria de votações em caso de empate. Se ele próprio for alvo de processo, não poderá participar da comissão e quem assume a presidência é o vice, César Brisolara, o Cesinha (PSB).

Embora a tendência seja a de que um processo contra Jurandir não avance para uma punição, seu afastamento da comissão enfraquece a estratégia de Fernanda Miranda, com um voto a menos, além de favorecer Cauê, que teria um adversário a menos na Comissão de Ética.

Os processos contra os vereadores estão sendo conduzidos por relatores que, ao final, apresentarão um parecer que arquivará o caso ou pedirá uma punição. Após votação na comissão, a punição vai à votação em plenário. Para uma perda de mandato, são necessários ao menos 14 votos.

A denúncia contra Jurandir foi protocolada na quinta-feira, após o psolista acusar Cauê de racismo. Na terça-feira, o parlamentar do PV criticou o secretário de Igualdade Racial, Júlio Domingues, e o acusou de roubo. “Eles estão lá, roubando, literalmente, o dinheiro da população, porque pegar um dinheiro para não fazer nada é roubar o dinheiro da população”, disse. Jurandir defendeu Domingues, que é filiado ao PSOL, e disse que a fala de Cauê foi racista.

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