Pesquisa de preços marcam comércio de pescado

Semana Santa

Pesquisa de preços marcam comércio de pescado

Camarão, tainha e traíra são os mais procurados nas bancas do Mercado Público central às vésperas da Sexta-feira Santa

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Atualizado quinta-feira,
17 de Abril de 2025 às 13:53

Pesquisa de preços marcam comércio de pescado
No Mercado Central, procura é intensa durante todo o dia (Foto: Jô Folha)

A movimentação no Mercado Público Central na manhã de ontem, antevéspera da Sexta-feira Santa, comprova que o pelotense ainda segue a tradição católica de não comer carne nesse dia. A busca por pescados, alimento mais consumido, levou muitos consumidores às bancas, sendo que algumas tinham filas. Com um preço um pouco salgado, o jeito foi pesquisar nos pontos fixos do Mercado, além dos quatro quiosques extras instalados na calçada. O apelo dos vendedores ganhou a atenção de quem passava e o aspecto da espécie preferida também foi levado em conta.

Entre os peixes com maior saída está o camarão que subiu desde o início da safra passando de R$ 55,0 o quilo do limpo para R$ 68,00 o médio e R$ 98,00 o graúdo. A tainha, que este ano foi alvo de protesto e fechamento de rodovia pela restrição de quantidade, também está na lista das mais vendidas. O quilo da limpa está em torno de 29,90 e R$ 32,40 já em postas fica por R$ 25,90. Na terceira opção, vem a traíra, sendo que o filé está sendo vendido a R$ 38,90 o quilo. Tem que prefira o bagre, como o auxiliar de transporte Adriano Soares, 33. Quem escolheu o peixe foi a mãe dele para preparar uma moqueca. “Ela que é a especialista”, garante. O consumidor considera o preço elevado, mas vai comprar depois de pesquisar melhor.

A auxiliar de loja, Luciane Vieira, 50, estava em busca de camarão e tainha. Já estava na fila para pagar quando viu umas postas de bagre e resolveu acrescentar nas compras. Isso porque o banquete vai ser especial em casa. “Costumo fazer tainha ensopada, strogonoff de camarão e peixe assado”, confessa. Ela se arrepende de não ter comprado na semana passada, pois garante que estava mais barato. “Subiu um pouco de uma semana para cá”, critica. A vendedora de uma banca, Brenda Roberta da Costa Vargas, 22, garante que os preços estão mais em conta que no ano passado e que as vendas estão muito boas. “A gente estava esperando que começasse [movimento] bem na Semana Santa, mas os consumidores apareceram duas semanas antes”, comemora.

Para quem gosta de peixe bem temperado, já pode sair do mercado com salsinha, cebolinha, pimenta, pimentão e limão. É que a vendedora Jurema da Silva, 78, moradora do Areal, há 25 anos vai para o Mercado Central vender sua produção. Além dos temperos, tem a marcela ou macela, que pela tradição é colhida antes do nascer do sol para preservar as qualidades medicinais, que são atribuídas à digestão. “Como tem muitas pessoas que não conseguem colher na madrugada, mas têm a crença de que é uma planta abençoada, não comercializamos”, explica a vendedora Rafaela Cardoso.

Pela cidade

As bancas que participam da feira do Pescador, organizada pelo Comitê Gestor da Feira do Peixe, com participação das secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) e de Saúde (SMS), também comemoram o movimento. A expectativa para hoje é de uma grande movimentação de consumidores que têm a garantia de que todos os locais são inspecionados diariamente pela equipe da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde (Visa/SMS). A orientação é observar a conservação e armazenamento do pescado até a manipulação, com a finalidade de garantir que sejam cumpridas as regras das boas práticas para produtos de alimentação, visando à saúde e ao bem-estar do consumidor.

Bacalhau à Gomes de Sá

Quem optar pela tradição aqui vai uma receita da Escola de Gastronomia do Senac de bacalhau à Gomes de Sá, que apesar de levar o nome do pescado, pode ser feita com outros tipos de peixe, desde que não tenha espinhos. Os ingredientes são, segundo o chef André Eduardo Fonseca, o peixe que preferir, batatas baby (cozidas e depois esmurradas), azeitonas, ovos cozidos, azeite de oliva e cebola. Como o azeite de oliva é outro produto que com aumento relevante, pode substituir, algumas partes, com molho branco e nata, que suaviza o sabor do peixe (já cozido) e garante umidade e brilho ao prato. O preparo requer a montagem dos ingredientes em um refratário e 15 minutos no forno para aquecer e a cebola ganhar uma coloração.

Confira os preços praticados em algumas bancas no Mercado

Filé de Abrótea – R$ 40,90

Filé de Pescada R$ 52,40

Filé de Peixe Rei R$ 32,40

Filé de Tainha R$ 32,40

Filé de Anjo R$ 41,40

Filé de Traíra R$ 38,90

Filé de Salmão R$ 145,00

Filé de Linguado R$ 63,90

Filé de Tilápia R$ 59,90

Filé de Merluza R$ 40,90

Filé de Cação R$ 41,50

Tainha Posta R$ 25,90

Peixe Rei limpo R$ 17,90

Trairão limpo R$ 26,90

Camarão limpo R$ 98,00

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