Corpo de Bombeiros realiza simulação de desastre em escola

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Corpo de Bombeiros realiza simulação de desastre em escola

No treinamento foram avaliados o comportamento da comunidade escolar e dos agentes envolvidos no atendimento

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Atualizado quinta-feira,
17 de Abril de 2025 às 15:08

Corpo de Bombeiros realiza simulação de desastre em escola
Atividade aconteceu na manhã de ontem para estipular ações que a escola deverá tomar caso aconteça uma situação de emergência (Foto: Cíntia Piegas)

A simulação de explosão no laboratório da Escola Tiradentes da Brigada Militar, em Pelotas, com dois feridos graves, combate a incêndio e evacuação do local, na manhã de ontem serviu de treinamento para a comunidade escolar e das equipes de segurança para testar a eficiência dos protocolos de emergência. A avaliação foi desde o comportamento dos alunos na hora de deixar a sala e se posicionar no pátio até o tempo de resposta no resgate aos feridos. Em uma situação que parecia real, na avaliação dos organizadores, alguns pontos foram observados e precisam ser aprimorados, mas o saldo foi positivo. O tempo entre o fato e o atendimento da vítima em situação mais grave foi de meia hora.

Pelo combinado, às 9h30min, a sirene disparou fazendo com que estudantes, professores e coordenadores se dirigissem ao pátio, pois a explosão (simulada) no laboratório provocou sinistro no prédio. O comandante do primeiro Pelotão do Corpo de Bombeiro Militar, primeiro-tenente Fabrício Dias Madruga, responsável pela ação, explica que quando uma escola se deparar com uma emergência vai sinalizar para que num tempo mínimo possível toda a comunidade escolar consiga sair de dentro das dependências de forma segura, ordenada, até um local amplo como o pátio ou uma quadra esportiva, contando que fiquem longe da edificação, até mesmo para o trabalho das equipes de resgate.

Na dinâmica projetada no Tiradentes, os estudantes saíram em fila, liderados por um colega que foi previamente estabelecido como referência. “É aquele com uma postura de liderança perante a turma, para quando houver uma emergência e vai orientar para que todos se posicionem dentro da sala de aula em fila indiana, sendo que pode ser o professor ou aluno.” Haverá um chefe de corredor – funcionário da escola – para conduzir de forma rápida, porém ordenada a evacuação. O tempo de resposta entre a evacuação, a chamada para os Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a chegada ao prédio foi de dez minutos. A primeira ação foi a localização de vítimas e o combate às chamas (foi simulada inclusive fumaça dentro do prédio).

Orientações

Após a identificação de dois feridos, um que inalou fumaça e teve queimaduras, e o outro com traumatismo cranioencefálico (TCE) e fratura exposta de perna, as equipes de resgate entraram em ação. “A mobilização da vítima que está numa escada, é mais complicado pelo acesso, que dificulta a mobilização e ficou bem próximo do real mesmo”, destaca Madruga.

A enfermeira no Núcleo de Educação do Samu, Caroline Lemos Leite, 33, diz que essa é a prática do dia a dia dos socorristas. “A gente precisa avaliar nível de consciência, avaliação dos sinais vitais para entender o contexto desse paciente e o que a gente vai fazer e o mais rápido possível”, ao esclarecer o padrão adotado a uma das vítimas da simulação.

O comandante do pelotão lembra que mesmo sendo difícil, manter a calma e a tranquilidade sem entrar em pânico seria o comportamento ideal de uma pessoa em uma situação de sinistro. “O protocolo do abandono escolar já define, por si só, que as pessoas cheguem num local seguro, verificar se ficou alguma pessoa para trás, alguém preso em alguma peça, e sinalizar aos órgãos de segurança para a busca e salvamento.

Avaliação positiva

O primeiro-tenente do Colégio Tiradentes, Milton Aloísio Machado Flores, considera que em uma situação real teria o fator pânico e os acontecimentos seriam mais acelerados. “Mas os nossos alunos se comportaram bem. É muito valioso essa prevenção, o treinamento, a conscientização do ambiente, numa situação que pode dar muitos problemas. Acredito que o objetivo foi alcançado.” A coordenadora pedagógica da escola, Carla Rosane de Santos Santos, 52, aprovou a ação. Para ela seria importante que se fizesse em mais colégios públicos para todos estarem conscientes e saber como agir em situação de risco. “A gente torce que nunca aconteça, mas são coisas que acontecem na vida e que precisa realmente estar preparado para essa situação”. “Um treinamento como esse evita que alguma tragédia maior por falta de preparo”, avalia a estudante Luísa Mirapalheta Lopes, 17.

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