2ª DP de Pelotas deflagra operação Estorno Final em São Paulo

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2ª DP de Pelotas deflagra operação Estorno Final em São Paulo

A operação tinha como objetivo desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas

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2ª DP de Pelotas deflagra operação Estorno Final em São Paulo
Os policiais encontraram uma falsa central de atendimento simulando uma empresa financeira legítima (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas, deflagrou na manhã desta quarta-feira (17) a operação Estorno Final, voltada ao combate de uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas. A ação teve apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo e do Grupo de Operações Especiais de Mogi das Cruzes, com cumprimento de mandados em São Paulo, Itaquaquecetuba e Guarulhos.

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Mais de 20 contas bancárias ligadas aos investigados também foram bloqueadas.

As investigações começaram após o relato de uma vítima de Pelotas, que foi enganada por uma mulher que se passava por funcionária de uma financeira. A golpista enviou um contrato falso por PDF, usando dados reais da vítima para conferir veracidade à fraude. Ao questionar a transação, a vítima foi tranquilizada por mensagens e instruída a devolver valores por transferência, esquema que se repetiu com vítimas em outros estados.

A quadrilha obtinha informações de contratos legítimos para simular atendimentos e induzir clientes a devolverem dinheiro sob pretexto de correções ou irregularidades. Para isso, usava documentos falsos com identidade visual de instituições conhecidas e linguagem técnica, em uma operação profissionalizada.

Em um dos endereços alvos da operação, os policiais localizaram uma falsa central de atendimento, montada com divisórias, computadores e material impresso, simulando uma empresa regular. O local funcionava exclusivamente para a aplicação dos golpes.

De acordo com o delegado César Nogueira, responsável pela investigação, a organização tinha atuação interestadual e estruturada. “O prejuízo total ultrapassa R$ 2 milhões em menos de um ano, com indícios de lavagem de dinheiro por meio da pulverização dos valores entre os integrantes”, afirma.

A Polícia Civil orienta que nenhuma devolução de valores deve ser feita sem confirmação direta com a instituição financeira por canais oficiais. Também alerta que bancos não solicitam estornos por Pix ou via mensagens. Casos suspeitos devem ser denunciados e os registros, como mensagens e comprovantes, preservados.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos e vítimas do esquema.

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