Via paralela a avenida Bento Gonçalves era denominada 24 de fevereiro

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Via paralela a avenida Bento Gonçalves era denominada 24 de fevereiro

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Há 100 anos

A rua Doutor Amarante era denominada 24 de Fevereiro, uma homenagem ao dia da promulgação da primeira constituição republicana, em 1891. Anteriormente, a mesma via ostentava uma outra data comemorativa, mas esta referindo-se à monarquia: o 25 de Março. A referência era a outorga, feita por Dom Pedro I, a primeira constituição imperial.

A Amarante surgiu como a primeira rua, no sentido norte do município, paralela à avenida Bento Gonçalves. A via dava início à chamada Zona Norte, conhecida como Bairro da Luz, no século 19.

Em 1922, quando se celebrava o centenário da Independência do País, os pelotenses celebraram o aniversário de diferentes maneiras. Como parte das comemorações muitas ruas mudaram de nome, porém a 24 de Fevereiro, permaneceu.

Somente em 1950 o nome foi trocado para Doutor Amarante. Desta fez a homenagem era ao médico Francisco de Paula Amarante (1863-1937), nascido em Cacimbinhas, atual Pinheiro Machado.

Dois presentes

O futuro médico passou a morar em Pelotas aos três anos, quando sua família trocou de endereço. Formado, trabalhou por 50 anos. “Cinco meses antes da sua morte, a sociedade pelotense obsequiar o doutor Amarante, que residia num dos prédios da praça Coronel Pedro Osório, com dois presentes, visando assinalar o seu jubileu de formatura: um banquete no Grande Hotel e um automóvel”, relembrou o historiador Maria Osorio Magalhães no livro Os passeios da cidade antiga.

Fontes: livros Os passeios da cidade antiga – Guia Histórico das ruas de Pelotas, de Mario Osorio Magalhães; Cadernos do Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas (IHGPel) – As primitivas ruas de Pelotas Um olhar do presente sobre o passado, do Coronel Alberto Rosa Rodrigues

Há 50 anos

Diretor da Semturpel critica falta de apoio dos clubes ao Miss Pelotas

“Os clubes sociais de nossa cidade não têm dado o apoio necessário nos concursos ultimamente realizados, negando deste modo sua participação em um acontecimento que leva longe o nome da cidade ao mesmo tempo que lhe dá um caráter promocional muito grande, ficando o Serviço Municipal de Turismo com toda a carga de responsabilidade do certame em suas mãos.” A crítica era do diretor do Serviço Municipal de Turismo (Semturpel), Maurício Antonio da Silveira, sobre o concurso Miss Pelotas 1975.

O diretor se queixava da falta de participação ativa dos clubes sociais, culturais, recreativos e esportivos, bem como os diretórios e grêmios nos concursos de beleza do município. Na opinião de Silveira, a participação de candidatas dessas entidades traria maior dinamismo e entusiasmo ao certame.

Miss Pelotas não vivia bons momentos desde a conquista de Rejane Vieira Costa
que se tornou Miss Brasil 1972

Para o diretor, existiam moças com vontade de concorrer, porém elas não encontravam apoio nos seus clubes ou agremiações. Naquele período o Miss Pelotas não tinha mais o mesmo apelo de outros tempos o órgão estava com dificuldades de conquistar a adesão das entidades.

Até 1962, o concurso era uma promoção do jornal Diário Popular, realizado pelo jornalista Waldemar Coufall. Somente a partir de 1963, o Miss Pelotas passou aos cuidados do Conselho Municipal de Turismo, que em 1975 se chamava Semturpel.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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