Há 15 anos
Primeiro volume da série Cadernos do IHGPel vai ganhar nova edição este ano
Os 125 anos da passagem da herdeira do trono brasileiro à Zona Sul do Estado foi relembrada pelos pesquisadores Vera Rheingantz Abuchaim e Leandro Ramos Betemps na publicação A visita da Princesa Isabel à cidade de Pelotas – 1885. A obra foi desenvolvida como o primeiro volume da série Cadernos do Instituto Geográfico e Histórico de Pelotas, em 2010. Quinze anos depois, este trabalho será reeditado e ampliado.
O mais novo projeto do IHGPel deve ser publicado no início do segundo semestre, com a supervisão de Vera Abuchaim e pesquisa de Pedro Fouchy e Victor Blaskoski, ambos estagiário do curso de História no Instituto, o primeiro no bacharelado e o segundo na licenciatura. “As pessoas perguntam muito por esse livro e ele esgotou rapidamente”, explica a vice-presidente do Instituto, Flávia Homrich Kuhn.
Desde que o livro foi publicado pela primeira vez, a pesquisadora Vera Abuchaim queria refazer a obra. Agora com a ajuda dos estagiários, o trabalho foi retomado. O conteúdo da obra de 2010 estará na nova publicação, mas com muitos acréscimos. “Esse livro resume a história da visita dela em Pelotas, agora nós abranger a visita da princesa ao Rio Grande do Sul. Ela veio por Santa Catarina, mas não vamos incluir”, explica Pedro Fouchy.
Três meses
Isabel visitou muitas cidades no Estado, passando por Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande e São José do Norte. A viagem durou três meses e meio, a partir de 26 de dezembro de 1884. A família imperial chega a Pelotas em 6 de fevereiro e fica até 1º de março. Durante sua estada, Isabel faz visitas a outras cidades na região, mas sempre volta para ficar em Pelotas, no palacete da família Ribas, onde funciona UniSenac – Campus Pelotas.
Outra novidade no livro é que ele será mais ilustrado. O primeiro livro tinha imagens cedidas pelo Museu Imperial, incluindo uma foto de Izabel em Pelotas. A nova publicação vai manter as fotos da família, mas também de lugares que ela visitou. “A viagem dela foi focada em visitar estabelecimentos culturais, sociais e industriais. Enquanto que a viagem do Conde d’Eu, o príncipe consorte, era militar. “Analisar quanto que as províncias eram desenvolvidas nas questões industriais e sociais. Era uma forma de apresentar as províncias para a corte”, comenta Fouchy.
“Ela foi uma estadista junto com o pai dela. Ela foi muito bem preparada”, comenta a diretora de Patrimônio do Instituto, a pesquisadora Maria Roselaine da Cunha Santos.
Poucos recursos
A proposta da diretoria do IHGPel é lançar o livro com recursos próprios e toda a venda da obra, retorna para a entidade. O Instituto sobrevive com as mensalidades dos sócios e com apoios. “A prefeitura, que nos cede o espaço, a Câmara de Vereadores que paga os estagiários,a Bibliotheca Pública Pelotense, que é parceira, a Universidade Federal, dinheiro mesmo não temos. O nosso sustento vem da venda dos livros e das mensalidades”, esclarece o presidente, Samuel Sacramento. O projeto do livro também está aberto à parceria com investidores.
Desde 1982
O Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas (IHGPel), fundado em 7 de julho de 1982, é uma instituição de caráter associativo reconhecida como de utilidade pública, sendo também uma instituição emérita. A missão é buscar prioritariamente a preservação da história de Pelotas e Zona Sul, mantendo intercâmbio com entidades culturais congêneres do Estado, do país e de países estrangeiros, amparado em seu estatuto.
O IHGPel tem mais de cinco mil livros, além de jornais e pesquisas. A sede atual fica junto à antiga Estação Férrea. Pesquisadores podem agendar visita pelo e-mail [email protected] .
Há 100 anos
Intendência finaliza desobstrução das galerias pluviais na Bento Gonçalves
A 2ª Diretoria (secretaria) da Intendência (prefeitura) finalizou a desobstrução completa de galerias águas pluviais na avenida Bento Gonçalves, entre as ruas Andrade Neves e Gonçalves Chaves. O trabalho foi feito com auxílio da equipe da Seção de Esgotos.
A segunda fase desta ação visou as ruas, a partir da General Osório até a Manduca Rodrigues. As equipes ainda fizeram caixas de área onde não existia ou ampliaram as que não estavam mais apropriadas para a função.
As ações visavam diminuir as chances de alagamento destas vias. “Como era a qualquer chuva torrencial”, segundo nota publicada no jornal A Opinião Pública de abril de 1925. Segundo a intendência, os canos estavam entupidos por causa da areia e por terem o diâmetro inadequado. A expectativa era que um trabalho complementar fosse feito para garantir aos moradores daquela região o trânsito livre, mesmo nos dias chuvosos.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 50 anos
Evandro de Castro Lima é atração em baile do Brilhante
O Clube Brilhante promoveu no dia 12 de abril um baile show com fantasias carnavalescas premiadas nos salões do Rio de Janeiro. O evento teve a presença ilustre do figurinista e bailarino baiano Evandro de Castro Lima.
Durante a festa seriam apresentadas 12 fantasias dos concursos de luxo e originalidade do Carnaval de 1975. Castro Lima era uma celebridade nacional. A apaixonado pela folia momesca e ficou conhecido por desfilar criações exuberantes em diferentes concursos na categoria luxo, os quais em geral ele era sempre um dos primeiros colocados.
O bailarino estreou nos concursos de fantasia em 1956, em Salvador. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro ele venceu por 21 vezes. Campeoníssimo do Carnaval, morreu aos 65 anos, em 1985, logo após ganhar o seu último concurso, no Clube Naval, no Rio de Janeiro, com a fantasia Tributo à vaidade.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense