Há um incômodo em redações quando ouvem que “bateram” em alguém. Jornalista algum – ao menos os bons – gosta de usar a caneta para fazer ataques. Mas somos ensinados, desde o berço e até por personalidade, a usarmos os nossos meios para cobrar. “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”, diz um dos clichês da profissão. Jornais são uma ferramenta para dar voz à comunidade, cobrar gestores e propor soluções.
O A Hora do Sul surgiu há nove meses em um momento de vácuo de informações em Pelotas e rapidamente tornou-se líder de mercado justamente por ter uma veia propositiva. “Diário a serviço do desenvolvimento regional” é o lema institucional, trazido no topo das 233 capas desde então. E, como nossa base, é levado às multiplataformas que o veículo já chega e chegará.
Por essa linha propositiva, o silêncio não funciona. Quando um político não atende o telefone, não dá entrevista ou ignora mensagens, a reportagem, em geral, sai igual. É o caso, por exemplo, do perfil dos cem dias do governo Marroni. Sem uma fala do prefeito, que preferiu fazer esse balanço em um encontro com a imprensa apenas no 101º dia de gestão, há uma avaliação criteriosa, com fatos e análises do que marcou o governo até aqui, com acertos, erros e desafios. Notícia com responsabilidade, curadoria e análise, pilares do bom jornalismo.
Um jornal “a serviço do desenvolvimento regional” age não só pela notícia, mas também com uma torcida: pelo desenvolvimento regional! É preciso entender que nossa cidade precisa agir em prol de um ideal de crescimento, de evolução. Sem ranços, teorias da conspiração ou egos inflados. O município tem uma vontade latente de crescer, a população clama por isso e é fundamental que todos os entes entendam, sob pena de ficar para trás. É assim na política, nos negócios, na vida pessoal e no jornalismo. Com um diagnóstico: com diálogo e compreensão dos seus papéis, tudo fica mais fácil.