Há 100 anos
A imprensa de Pelotas lembrava o segundo ano da morte do médico e diplomata Bruno Gonçalves Chaves. O pelotense, nascido em 6 de julho de 1864, era filho de Antônio José Gonçalves Chaves e Marcolina Chaves. Republicano, desde cedo se envolveu com a política e o movimento abolicionista.
Bruno Chaves se formou pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1887. Poliglota, foi admitido à carreira diplomática a partir de 1890, servindo como adido e, logo em seguida, segundo-secretário na Embaixada do Brasil no México. Na França, exerceu o cargo de cônsul-geral em 1892. Em Paris, ainda, foi aluno da Escola de Ciências Políticas e Administrativas.
Promovido a primeiro-secretário, serviu na legação junto ao Quirinal (hoje Embaixada do Brasil em Roma) em 1894. Em 1899 passou a ministro, servindo na Áustria.
Bispado em Pelotas
Removido em 1902 para atuar como Ministro Plenipotenciário junto a Santa Sé (equivalente hoje a Embaixador do Brasil no Vaticano, de 1902 a 1912), deve-se à sua atuação a indicação de Pelotas como sede de bispado, conforme decreto de 15 de agosto de 1910, assinado pelo Papa, depois canonizado como São Pio X.
De Roma foi para Montevidéu, onde se aposentou, por motivos de saúde. Retornando a Pelotas e foi provedor da Santa Casa de Misericórdia, entre 1919 e 1920, e um dos fundadores da Faculdade de Odontologia, depois integrante da Universidade do Rio Grande do Sul (URGS).
Foi casado com Casimira Garcia, com quem teve dois filhos: Antônio José Gonçalves Chaves e Gisela Gonçalves Chaves. Coube a Bruno e Casimira a criação da sobrinha Antonia Berchon, filha Vera des Essarts e Jaime de Carvalho, que morreram de gripe espanhola.
Antonia Berchon Sampaio (1918-2014) se tornou produtora rural e teve destaque na produção do gado Devon e na luta pela preservação dos prédios históricos de Pelotas. Bruno Chaves morreu em 10 de abril de 1923, aos 59 anos. Na praça Piratinino de Almeida se encontra um monumento em homenagem ao médico e embaixador.
Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 60 anos
Talento de Rute Ferreira em destaque
Estava em destaque a carreira da soprano pelotense Rute Ferreira Gebler. Em abril de 1965, a cantora integrava o Grupo Lírico de Pelotas, que realizou o primeiro recital em 14 de outubro de 1964, proposta que agradou a plateia pelotense.
Rute, que começou os estudos musicais aos 13 anos com a professora Inah Emil Martensen, mestra rio-grandina, contratada pelo Conservatório Palestrina, em Pelotas. Dados os dotes vocais, logo estava se apresentando ao público.

Pelotense começou no canto aos 13 anos
Na década de 1950 ingressou no conjunto vocal Minuano, atuando como solista. Com o grupo se apresentou em diferentes cidades do Rio Grande do Sul, na capital Porto Alegre e em programas de TV.
Em Florianópolis
Em 1969 se mudou para Chapecó, em Santa Catarina, grávida do primeiro filho. Naquele período o marido Rute, engenheiro agrônomo Erico Gebler, fazia um curso na Alemanha. Por lá lecionou no antigo Colégio Coração de Jesus.
Em seguida levou a família para Florianópolis e lá desenvolveu sua carreira nos palcos. Ao longo da carreira, conquistou dezenas de prêmios e outorgas, como a medalha Antonieta de Barros, os títulos de Cidadã Honorária de Florianópolis e Cidadã Honorária de Santa Catarina, Rute também integra a Academia Catarinense de Letras e Artes (ACLA), e recebeu, em São Paulo, o título de Comendadora das Artes pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino. Na capital catarinense foi tema-enredo da Escola de Samba Os Protegidos da Princesa, em 2004.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 50 anos
ABCC inscreve para a Exposição de Outono
A Associação Brasileira de Cavalos Crioulos estava com as inscrições abertas para a 2ª Exposição de Outono. O evento estava marcado para os dias 15 e 16 de maio em Uruguaiana.
As inscrições seriam encerradas em 30 de abril e naquele ano o evento teria uma novidade: a concorrência de machos isolados em mangueira. Os animais inscritos seriam recebidos no dia 14 até as 18h.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense