Há 50 anos
Prefeitura prepara área próxima ao Canal São Gonçalo para receber indústria alimentícia
A prefeitura de Pelotas previa 60 dias para concluir as obras de drenagem e aterro de uma área de 4,5 hectares nas margens do canal São Gonçalo (entre as ruas Santa Cruz e Conde de Porto Alegre). No local seriam construídas as novas instalações da empresa Olvebra S/A.. O trabalho unia o Departamento Nacional de Obras e Saneamento e a municipalidade.
Os trabalhos de drenagem foram iniciados na primeira quinzena de março de 1975. “As dragas do DNO que trabalham no local. Já retiraram grande parte dos 100 mil metros cúbicos do aterro que sairão do canal São Gonçalo”, explicou o prefeito Ary Alcântara. O material seria espalhado pelo próprio terreno por tratores da prefeitura.
Por sua vez, a empresa espera a liberação de financiamento do BNDE e a conclusão da drenagem para dar início às obras da indústria. Estavam previstas as construções de armazéns, casa de moagem e casa de caldeiras, entre outras seções. O propósito era colocar de pé a nova fábrica de extração contínua de óleo vegetal, que elevaria de 900 para três mil toneladas de soja industrializada por dia.
A maior parte do novo equipamento estava em Pelotas, à espera do prédio. Na época, a Olvebra divulgou um investimento de aproximadamente 180 milhões de cruzeiros em maquinário.
Líder no mercado
No início da década de 1970, o grupo gaúcho Olvebra ficava com ¼ da produção de soja do estado, matéria prima da produção de óleo vegetal. Somente a compra movimentava cerca de 240 milhões de cruzeiros. O poderoso grupo surgiu em 1955 com a Indústria Gaúcha de Óleos Vegetais (Igol), de Santa Rosa, por Charles Kung Wei Tse e Sheun Ming Ling.
Em 19 de março de 1960 foi inaugurada a unidade de Lajeado, a segunda da empresa, sob a denominação de Olvebra S. A. – Óleos Vegetais do Brasil S. A. O diretor gerente local era S. P. Wuank e diretor presidente, Charles W. Tse, ambos de nacionalidade chinesa. Posteriormente surgiram as unidades de Guaíba e Pelotas, onde em 1970 comprou a Sorol S.A. – refinaria de óleos. A empresa foi descontinuada no município na década de 1990.
Fontes: Correio da Manhã (Rio de Janeiro/Bibliotheca Nacional; Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública de Pelotas; blog Abrindo o Baú
Há 100 anos
Carnaval de Pelotas e Rio Grande no cinema local
A empresa Del Grande & Companhia exibiu, em pré-estreia, no cinema Arco Íris, um documentário experimental inédito. A obra era um registro do Carnaval de 1925 em Pelotas, realizada por Harry Kremp e Carmelo Santos.
O filme foi dividido em quatro partes, mostrando diferentes aspectos do Carnaval local e de Rio Grande, incluindo o desfile dos cordões, carros do Zé Pereira diamantino e Zabumba Brilhante e outros flagrantes do período consagrado à folia.
O filme foi considerado bem feito. “Não faltando a nitidez indispensável e causando aos assistentes a melhor impressão.
Parceria
O norte-americano Harry Kremp, da Atlas Film Co., de Los Angeles, Estados Unidos, em viagem pelo Rio Grande do Sul, visitou a região durante o Carnaval. Durante sua estada, o fotógrafo e cineasta conheceu o empresário, artista e cineasta Francisco Santos, portugues radicado em Pelotas. O encontro propiciou uma parceria para a produção de filmes sobre o município.
Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública de Pelotas
Há 100 anos
Conservatório de Música abre curso noturno
O Conservatório de Música de Pelotas abriu uma turma no turno da noite. A proposta era atingir os interessados na educação musical, mas que não podiam frequentar as aulas durante o dia.
A primeira turma aberta foi de Teoria e Solfejo, que passou a funcionar duas vezes por semana às 21h. As inscrições e matrículas estavam abertas até 15 de abril.
Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública de Pelotas