Pelotas recebe durante os próximos dias a pesquisa “Diagnóstico de Inclusão Socioprodutiva Gaúcho”, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do RS em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa). A coleta de dados visa mapear a realidade socioeconômica de famílias em situação de vulnerabilidade social inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) no município. As informações ajudarão o governo a criar políticas públicas mais eficazes para geração de emprego, capacitação profissional e inclusão socioprodutiva.
Segundo a coordenação da CUFA da Colônia de Pescadores Z-3 em Pelotas, o foco é reunir informações sobre renda, ocupação e perfil profissional dos membros em idade ativa para o trabalho. Portanto, a participação da população é essencial para melhorar a qualidade de vida e criar oportunidades na região. “A ideia do governo é trazer, posteriormente, cursos que se adequam à necessidade de Pelotas”, diz um dos visitadores, Lucas Born.
Os resultados obtidos podem ajudar a embasar futuras edições do Emancipa RS — programa estadual que oferece cursos profissionalizantes gratuitos —, previstas para o próximo ano, com ofertas adaptadas às necessidades de Pelotas. Além disso, os dados podem contribuir para a formulação de novas políticas estaduais voltadas a pequenos empreendedores que desejam expandir seus negócios. Assim que o diagnóstico da pesquisa for concluído, novas iniciativas devem ser lançadas pelo governo.
Pesquisadores
Desde o início da pesquisa, três visitadores estão percorrendo os bairros da cidade uniformizados com coletes, camisetas e crachás de identificação, para garantir segurança e transparência no processo. Durante as visitas domiciliares, eles aplicam um questionário, onde levantam informações sobre renda, ocupação e perfil profissional de todos os integrantes das famílias em idade ativa para o trabalho. Os visitadores se chamam: Lucas Born, Giovana Bittencourt e Priscila Bittencourt.
Importância da participação
A coordenação local da CUFA destaca que as pessoas estão receosas em responder ao questionário, pois recentemente houve a divulgação de uma possível operação de fiscalização do Bolsa Família. Embora a pesquisa não tenha relação com essa operação, o medo de parte da população tem dificultado a coleta de dados.
Para ampliar a conscientização sobre a importância da ação, a equipe busca tranquilizar as pessoas e incentivar a participação. “Se as pessoas se disponibilizarem a falar, a gente vai ter um diagnóstico mais profundo da comunidade”, explica Born.