Relatos da comunidade vão contribuir para exposição comemorativa no Museu Carlos Ritter

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Relatos da comunidade vão contribuir para exposição comemorativa no Museu Carlos Ritter

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Há 55 anos

O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter da Universidade Federal de Pelotas completará 55 anos no dia 21 de maio deste ano. Para celebrar a data, a direção lançou uma campanha para resgatar as memórias da comunidade em torno da entidade. Esses relatos vão auxiliar na montagem de uma exposição comemorativa que será inaugurada, provavelmente, na Semana Nacional dos Museus, que ocorre no mês do aniversário. As respostas devem ser enviadas preenchendo o formulário neste link.

No formulário o interessado vai encontrar um espaço para enviar o relato e até uma foto, caso tenha. “São muitas histórias e muitas gerações que passaram pelo Museu, em muitas fases. O Museu já esteve no Liceu, na (rua) Deodoro, na época ainda tinha animais vivos”, comenta a museóloga Lisiane Gastal Pereira.

Da época em que ficava em um casarão na Deodoro esquina Cassiano, por exemplo, a assistente-administrativa, Carolina Peraça Silveira, comenta que há relatos de pessoas que muitas vezes não lamentavam a perda do ônibus – tem uma parada bem na frente do local – pois era uma oportunidade de uma visita.

O surgimento

O industrial Carlos Ritter (1851-1926) tinha uma coleção de aves taxidermizadas e mosaicos de insetos, boa parte desse material preparado por ele. “Há relato de uma sobrinha dizendo que ele era um excelente taxidermista”, comenta a museóloga.

Com a morte do dono da cervejaria Ritter, a esposa doou a coleção para a Escola de Agronomia, na época não existia a Universidade. “A Escola já possuía um acervo de animais taxidermizados, claro, esse material foi agregado a esse acervo”, conta Lisiane.

Com o tempo esse acervo foi sendo expandido, por exemplo, com a chegada da coleção de livros e insetos do professor da Agronomia, o polonês Ceslau Maria Biezanko (1895-1986). Atualmente o acervo de insetos Biezanko está na Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem/UFPel).

Em 1969, com o início das atividades da UFPel foi assinalado no estatuto da Universidade que haveria um museu. O que aconteceu em 1970, composto principalmente com o acervo de Ritter. “O Museu Carlos Ritter é o mais antigo da Universidade e mais velho que a própria Universidade, porque ele já existia no antigo Liceu”, comenta Carolina.

Sedes

  • 1970: Inauguração no prédio da antiga Escola Eliseu Maciel – Liceu (em frente ao Mercado Público). Em 1978 teve de sair deste prédio, por falta de condições técnicas.
  • 1982: Transferido para a biblioteca da Faem no campus Capão do Leão (período de restauro das peças e reestruturação do museu)
  • 1988: Reabertura na Félix da Cunha, 464
  • 1990: Mudança para Marechal Deodoro, 823
  • 2010: Mudança para a Santa Tecla, 576
  • 2019: Mudança para a sede atual na praça Coronel Pedro Osório, 01

Há 100 anos

Regatas Pelotense faz piquenique náutico

Um piquenique náutico com objetivo social foi promovido pelo Club Natação e Regatas Pelotense, em 22 de março de 1925. A atividade começou às 8h com a participação de sócios, com suas famílias, convidados e imprensa. Os excursionistas acamparam na entrada da barra de Pelotas, pela margem esquerda do canal São Gonçalo.

Foram servidos frios e fiambres, entre outras iguarias. Durante o evento foi arrecadado dinheiro para ser enviada à ilha do Caju, em Niterói no estado do Rio de Janeiro, onde aconteceu uma explosão, em um trapiche que abrigava armamentos e inflamáveis. Os valores foram encaminhados à Loja Maçônica Fraternidade, responsável por fazer chegar o recurso ao destino.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Diretor da Semturpel elenca os atrativos turísticos de Pelotas

O diretor do Serviço Municipal de Turismo, Maurício Antônio da Silveira elencou os principais pontos de atração turística em Pelotas. Na opinião do titular da Semturpel, a Catedral São Francisco de Paula, o Clube Comercial, a Bibliotheca Pública Pelotense, a Cascata, a Cachoeira do Arco Íris, o Morro Redondo, a Colônia Progresso e as praias do Laranjal, estavam em destaque.

Com o objetivo de tornar a cidade ainda mais acolhedora, a prefeitura tinha projeto de aumentar as áreas verdes do município. Havia ainda uma proposta de arborização da avenida Brasil e a recuperação das praças de Pelotas.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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