Chegam nesta sexta-feira (28), à 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), as 28.080 doses do primeiro lote de vacinas contra a gripe (influenza). A partir de então, elas serão distribuídas para os 21 municípios de abrangência. A Campanha Nacional contra a gripe no país se inicia dia 7, mas a Secretaria Estadual de Saúde, que foi abastecida com 356 mil doses da vacina influenza trivalente, informa que cada cidade pode começar a imunizar a população alvo assim que receber as unidades. Na região, a meta é imunizar 90% de uma população formada por 412.922 pessoas que compõem o público-alvo. Em 2024, esse percentual chegou a 47,72% do público-alvo na região.
A responsável pelo Departamento de Imunizações da 3ª CRS, Lusiana Larrossa, agendou reuniões com os coordenadores municipais de imunizações, para sensibilizar os profissionais quanto à importância de se atingir o maior número de pessoas elencadas para a vacinação da influenza. “Uma das propostas é a descentralização dos pontos de vacinação para possibilitar o fácil acesso da população”. Na região, o Dia D de mobilização será em 10 de maio, para as cidades que optarem pela data.
A inclusão da vacina da gripe no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos de idade) está sendo considerada um ganho para os coordenadores regionais, uma vez que torna permanente a proteção para esses públicos, com a dose disponível ao longo do ano nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Com certeza colabora para o aumento da imunização e passa a ser mais um estímulo para os profissionais da rede oferecerem a vacina da influenza”, constata.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, outros grupos continuarão a receber o imunizante em estratégias especiais, incluindo profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências, dentre outros.
Pelotas aguarda pela reunião com a Coordenadoria Regional de Saúde, que será quarta-feira (2). “A partir de então saberemos como se dará este início de campanha e a distribuição das doses por municípios”, informa a enfermeira do Núcleo Municipal de Imunização, Rita de Cássia Carvalho.
Por que vacinar?
Para o Ministério da Saúde, a vacinação contra a influenza não é mais considerada campanha, mas sim estratégia de vacinação, como rotina para os grupos prioritários. As campanhas de comunicação e promoção de vacinação devem ser além das UBSs e casas de vacinas para proteger o mais precocemente um maior número de pessoas durante a sazonalidade da doença. A novidade é a inclusão dos trabalhadores dos correios como grupo prioritário.
O imunizante
- Geral – reduz as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus influenza na população-alvo
- Específico – Reduz a sobrecarga dos serviços de saúde do SUS, quando do atendimento em decorrência das doenças respiratórias.
Articulação
A vacinação deve ser desenvolvida em postos fixos e volantes, com o intuito de alcançar aqueles que mais precisam ser vacinados. A adoção de práticas para a implementação desta estratégia nos âmbitos local é fundamental, entre elas, mapear as equipes que atendem as populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e rurais e vivem nas áreas de difícil acesso geográfico para traçar a estratégia do microplanejamento.