Há 100 anos
O intendente (prefeito), Augusto Simões Lopes, indicava à Diretoria de Obras o início do calçamento da parte baixa da cidade, a Várzea, em 1925. Na época estava sendo calçada com paralelepípedos a rua Almirante Barroso, neste projeto se previa calçadas de três metros de largura, sendo que de uma delas reservada para arborização.
Projetada no mais antigo loteamento urbano de Pelotas, de 1815, a Almirante Barroso foi inicialmente chamada de rua de Baixo. Com o nome de Baixada se conhece até hoje a Zona da Várzea, que começa logo em seguida à Barroso.
Na rua de Baixo localizaram-se as primeiras cacimbas, que abasteciam a comunidade para consumo em casa. Talvez por este motivo tenha recebido nome oficial de rua das Fontes.
“Coluna Vendôme”
Pioneira no tema “águas”, foi na Barroso que construíram uma profunda fossa, na esquina com a Doutor Cassiano, sobre ela uma havia no início do século 20 uma grande chaminé, apelidada ironicamente pelo povo de “Coluna Vendôme”.
“Vê-se que o povo, então, era culto”, comenta o historiador e professor Mario Osorio Magalhães no livro Os passeios da cidade antiga. O nome era uma referência ao monumento parisiense da Praça de Vendôme, erguido por ordem de Napoleão Bonaparte, em 1806, para celebrar a sua vitória na batalha de Austerlitz.
Foi em 12 de fevereiro de 1869 que a rua das Fontes ou de Baixo recebeu o nome do atual patrono, Francisco Manuel da Silva Barroso, herói da Guerra do Paraguai.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Os passeios da cidade antiga, de Mario Osorio Magalhães
Há 50 anos
Daer inicia trabalho de demarcação da rodovia RS 706
O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (Daer) iniciou os trabalhos de demarcação da nova rodovia que passava por Pedro Osório unindo as BRs 116 e 293. A novidade iria unir a fronteira oeste com a sul do Estado, fazendo a comunicação entre cidades como Bagé, Pelotas e Jaguarão.
A nova rodovia (RS-706) integrou o “corredor de exportação”, passando pela área urbana de Pedro Osório. O projeto previa três obras: uma ponte sobre o arroio Maria Rodrigues, um viaduto sobre a linha férrea e uma outra ponte paralela e já existente sobre o rio Piratini. O novo trecho ainda beneficiaria o trânsito de pessoas que, naquele período, tinham de ir em direção de Pelotas para depois tomar a direção de Bagé, por exemplo.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 60 anos
Assembleia Legislativa se une aos festejos do centenário de Simões

Escritor, na foto ao centro com a família, completaria 100 anos em 1965, mas morreu em 1916 (Reprodução Instituto João Simões Lopes Neto)
A Assembleia Legislativa do Estado, através do discurso do deputado Aldo Fagundes (1931-2020), uniu-se aos festejos em memória centenário do escritor João Simões Lopes Neto, nascido em 9 de março de 1865. O ano de 1965 foi dedicado às celebrações em torno da data.
“Há 100 anos…, nascia na cidade de Pelotas, descendente, pelo lado paterno, do Visconde da Graça, aquele que recebeu na pia batismal o nome de João Simões Lopes Neto… E, pois saudando este ano que ocupo esta tribuna, emprestando uma voz que sobe desde as planícies alegretenses ao coro dos que reverenciam a memórias do grande escritor de Pelotas. Não sei o que mais me comove em Lopes Neto: se a magia insuperável que brota de suas páginas impregnadas de indiscutível autenticidade ou a sua própria vida, vida laboriosa e digna, voltada permanentemente para o interesse comunitário, mas também marcada pela adversidade”, falou o representante do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Rotary envia correspondência
O Rotary Clube de Rio Grande, em correspondência ao então prefeito, Edmar Fetter, também congratulou o município pelas comemorações em torno do nome de Simões. “Em nome do Conselho Diretor deste Rotary, vimos trazer até V. S. a nossa homenagem congratulatória, pela passagem, em 9 do corrente mês, do centenário de nascimento do ilustre escritor pelotense João Simões Lopes Neto, que a crítica nacional considerou o maior criador artístico do regionalismo e, por isso mesmo, o incorporou à história da literatura brasileira”, expressava a mensagem do clube.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense