No mês dedicado às mulheres, dois casos de violência de gênero foram registrados na Zona Sul do Estado. Em Rio Grande, uma mulher foi morta ao ser atropelada pelo ex-companheiro após uma discussão. Em Pelotas, uma jovem foi esfaqueada, também pelo ex, mesmo tendo Medida Protetiva de Urgência (MPUs). Em um dos casos, o autor foi preso. Os crimes estão sendo investigados pelas delegacias especializadas.
Em Rio Grande, o autor do assassinato de Juliana Mendes Aguiar, 39, só foi descoberto ao ser abordado pela Brigada Militar que tinha a informação sobre o suspeito estar em um veículo Renault Sandero branco, que teria se envolvido em um atropelamento de uma mulher no bairro Humaitá. A alvo da ação estava com um revólver calibre 32 na cintura com três munições. A outra pessoa, um jovem de 19 anos, também foi detido. Segundo as investigações, os dois tiveram um relacionamento e no dia do fato houve uma briga, quando o autor teria pegado o carro e arrastado a vítima, que morreu no local. Quase cinco horas depois, ele foi preso no bairro Junção.
Polícia se manifesta
A titular da Delegacia de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPPGV), delegada Alexandre Pérez Sosa, informou que a vítima não tinha Medida Protetiva e nenhuma ocorrência. O autor do crime segue preso. Diferentemente do caso de tentativa de feminicídio ocorrida no sábado em Pelotas. A vítima foi esfaqueada pelo ex-companheiro.
De acordo com a titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), delegada Márcia Chiviacowsky, o autor invadiu a casa e os dois acabaram discutindo. Ele pegou uma faca e atingiu a vítima. A mulher deu entrada no Pronto-Socorro de Pelotas onde segue internada. Ela conversou com uma equipe da Patrulha Maria da Penha.
Os dois principais municípios da Zona Sul iniciaram o ano com queda nos indicativos contra a violência contra a mulher, mas no terceiro mês já registram os considerados os mais graves: feminicídio consumado e tentado.
