Light era acusada de negligenciar a boa convivência no trânsito

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Light era acusada de negligenciar a boa convivência no trânsito

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Há 95 anos

Um acidente entre um bonde elétrico e uma carroça de leite motivou a revolta de moradores do bairro Fragata. A colisão aconteceu na esquina das ruas Sete de Abril com Manduca Rodrigues.

Segundo relatos das testemunhas, o vendedor de leite Ariosto Dias, de 13 anos, morador do bairro Simões Lopes, conduzia a carroça de número 379, de propriedade do seu irmão Hugo Silva Dias, quando houve a colisão com o bonde P número 1, da linha do Fragata. A revolta ainda ficou maior porque o condutor do bonde não parou para socorrer a vítima.

A carroça foi atirada ao longe, chegando ao chão em pedaços e junto quebrando as garrafas de leite, que estavam por ali. O menino também ficou com ferimentos no rosto, cabeça e mãos. Por sorte, o cavalo foi desatrelado e fugiu.

Acidente com carroça de leite foi reconstituído pelo artista Lima. (Foto: Reprodução)

Atrasos são o motivo

Esse não era o primeiro acidente envolvendo crianças e carroças. A reclamação era que os bondes corriam muito e não respeitavam os cruzamentos mais movimentados.

Os críticos apontavam que os atrasos, por causa das longas paradas nos desvios ou em decorrência dos problemas na corrente elétrica, eram o motivo da alta velocidade. O fato foi levado à inspetoria de Tráfego, com um pedido de que fosse colocado um agente naquele cruzamento para evitar a alta velocidade dos veículos.

Depois de 15 anos do começo da instalação deste tipo de transporte coletivo, a comunidade ainda tinha ressalvas contra o veículo da empresa concessionária Light and Power. Em 1914, quando os bondes com tração animal começaram a ser substituídos, houve uma grande revolta, com quebra-quebra por diferentes pontos da cidade.

Fonte: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Ferrovia transporta safra do gado na região

A Viação Férrea, aproveitando as máquinas Mallet (locomotivas), recém chegadas ao Estado, estava executando com regularidade o serviço de transporte do gado para frigoríficos, charqueadas e matadouros. Segundo dados divulgados, os transportes de gados efetuados em 1925 até 7 de março atingiram a marca de 36 trens com 400 vagões, destinados aos frigoríficos de Pelotas e Rio Grande, às charqueadas e aos matadouros de Novo Hamburgo e de Sapucaia.

Do total citado, foram feitos para os frigoríficos das referidas cidades 16 trens com 181 vagões, carregados em Bagé, na Parada Pons e na estação de Carumbé na linha de Uruguaiana.

Para charqueadas trafegavam 11 trens com 140 vagões, sendo três trens, com 27 vagões, de Carumbé e Uruguaiana para a charqueada Vacacahy, em São Gabriel; sete com 110 vagões de Cacequi para Val da Serra e um com 12 vagões de Bagé para Pelotas.

Na segunda quinzena de março corriam três trens diários de Bagé e da Parada Pons para os frigoríficos de Rio Grande e Pelotas. A ferrovia também atendia diariamente pedidos de transporte de gado para as charqueadas.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Carrion Jr faz palestra e lança livro em Pelotas

Foi lançado no dia 22 de março de 1975 o livro Modelo brasileiro: Impasse e alternativas, do professor Francisco Machado Carrion Júnior. O escritor autografou a obra na extinta livraria do Globo.

Na noite do dia 21, Carrion Jr palestrou sobre o tema da obra, na Câmara de Vereadores de Pelotas. O autor foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, consultor empresarial, economista e político brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Pelo Rio Grande do Sul, foi deputado federal e vice-presidente da Assembleia Legislativa, além de secretário do Planejamento durante o governo Alceu Collares. Carrion Jr nasceu em Porto Alegre e morreu em Encruzilhada do Sul em 2001, aos 56 anos.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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