Marroni explica subsídio e diz que caminho do ônibus depende do PAC
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Segunda-Feira31 de Março de 2025

Transporte coletivo

Marroni explica subsídio e diz que caminho do ônibus depende do PAC

Prefeito afirma que tarifa de R$ 5 se tornou impraticável devido ao aumento dos custos

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Marroni explica subsídio e diz que caminho do ônibus depende do PAC
Prefeito promete redução ao longo do seu mandato caso Pelotas seja contemplada em projetos federais, mas não vê perspectiva de tarifa zero. (Foto: Jô Folha)

Após o reajuste que elevou as tarifas do transporte coletivo urbano e rural de Pelotas para R$ 6, o prefeito Fernando Marroni (PT) defende a necessidade de aumento e espera poder reduzir os valores até o fim do governo. Ele afirma que o desconto que permitia a tarifa de R$ 5 para o pagamento com cartões tornou-se impraticável com o aumento dos custos por fatores como o ICMS do óleo diesel, a reoneração da folha e o reajuste dos trabalhadores.

“Fizemos um realinhamento das tarifas para R$ 6, que já era praticado em dinheiro nas catracas, justamente por aqueles que são mais fragilizados, que ganham o dinheiro no dia para pagar o transporte, que pagam em dinheiro e não têm cartão”, sustenta.

De acordo com o prefeito, para manter o valor do transporte rural será necessário um subsídio de R$ 3,7 milhões, sendo R$ 2,3 milhões do consórcio do transporte urbano e R$ 1,4 milhão da prefeitura. O custo de cada passageiro é de R$ 15,30, com o subsídio cobrindo R$ 9,30 para permitir a tarifa de R$ 6. “Mesmo com o orçamento apertado, a prefeitura vai participar desse subsídio para que se mantenha a isonomia”, defende.

Frota elétrica e infraestrutura

Duas propostas de campanha do prefeito para a mobilidade urbana foram a manutenção das vias por onde passam os ônibus e a adoção de ônibus elétricos. Segundo ele, tirar as promessas do papel depende da aprovação dos projetos no governo federal.

“Incluímos no PAC Mobilidade o caminho do ônibus, para melhorar as vias e diminuir a manutenção, e também circular com ônibus elétricos, que é a nossa iniciativa de financiar para retirar gradativamente o diesel, que tem um impacto significativo na tarifa”, diz. “Se formos selecionados, vamos ver qual é a nossa capacidade de pagamento para poder aportar recursos”, afirma.

Tarifa zero

Uma das pautas defendidas, inclusive por vereadores da base do governo, é a adoção da gratuidade do transporte público. Marroni afirma que o direito à mobilidade urbana é previsto na Constituição, mas pondera que isso pode não acontecer tão cedo. “Para garantir o direito de mobilidade gratuita, demora um pouco e depende de financiamento entre União, estados e municípios”, diz.

Para este governo, o prefeito diz que espera poder reduzir as tarifas. “A partir do momento que vai se implantando o caminho do ônibus e os ônibus elétricos, nós queremos, no final desses quatro anos, ter condições de redução das tarifas. Para chegar ao custo zero, depende de uma política pública que vai ter custos para a União”, afirma.

Fim da integração

Uma das preocupações que surgiu com o reajuste das tarifas é o fim da integração, que permite que os usuários utilizem dois ônibus pagando uma tarifa única. Marroni afirma que a integração teve fim apenas para o vale-transporte.

“Isso não tem impacto para os trabalhadores, porque eles descontam no limite de 6% da remuneração. Esses que recebem vale-transporte e precisam pegar dois ônibus para chegar ao trabalho, a empresa vai fazer uma contribuição com a manutenção do sistema de transporte coletivo”, sustenta.

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