Endividamento médio já se aproxima dos R$ 6 mil no Estado

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Endividamento médio já se aproxima dos R$ 6 mil no Estado

Mulheres representam 50,1% da inadimplência registrada no Rio Grande do Sul, conforme dados da Serasa

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Endividamento médio já se aproxima dos R$ 6 mil no Estado
Pelotas e Rio Grande têm dívida um pouco menor que a média estadual. (Foto: Rita Wicth)

Segundo a Serasa, 40,8% da população adulta no Rio Grande do Sul está negativada, o que representa 3,6 milhões de CPFs com acesso limitado a crédito. As mulheres correspondem a 50,1% dessa população. Além disso, o endividamento feminino reflete diretamente no orçamento familiar, já que 32% das mulheres são as únicas responsáveis pelo sustento do lar. Ainda, 93% das mulheres têm participação ativa nas finanças da família.

No RS, o endividamento médio supera quatro salários-mínimos. Os gaúchos devem, em média, R$ 5.900,86. Em Pelotas e Rio Grande, a dívida é um pouco menor do que a média estadual, com valores de R$ 5.350,68 e R$ 5.731,07, respectivamente, conforme dados de janeiro de 2025 da Serasa.

A economista Janile Soares, conhecida como Economista de Batom por seu trabalho de orientação financeira para mulheres, explica que o endividamento feminino tende a ser maior devido a renda menor em comparação aos homens, gastos com outros membros da família, empréstimos contraídos para ajudar familiares e maior acesso ao crédito, o que pode levar a um nível mais alto de endividamento.

“A mulher ainda carrega o estigma de ser a cuidadora. Muitas acabam se endividando não apenas por gastos pessoais, mas também por despesas familiares”, explica Janile. A economista ressalta ainda que o papel de cuidadora dificulta o acesso ao mercado de trabalho. “Muitas dessas mulheres estão em idade economicamente ativa, mas, devido à necessidade de cuidar de familiares, optam pelo trabalho informal, o que compromete suas finanças”, avalia.

Níveis de Endividamento

De acordo com Janile, existem diferentes níveis de endividamento, e para cada um, uma estratégia específica deve ser adotada. Termo utilizado há pouco tempo, o superendividamento ocorre quando uma pessoa não consegue mais pagar suas contas sem comprometer despesas essenciais, como moradia, alimentação e saúde.

As principais causas do superendividamento são: uso excessivo do cartão de crédito e cheque especial, empréstimos com juros altos, perda de renda ou desemprego, falta de planejamento financeiro e acúmulo de dívidas para ajudar terceiros.

“É importante que a pessoa se conscientize para entender em qual nível de endividamento se encontra e, assim, buscar a melhor orientação”, explica a economista.

  • Endividamento controlado: o indicado é acompanhar o orçamento e evitar novas dívidas.
  • Endividamento com dificuldade para pagamento: o recomendado é identificar o problema, renegociar, cortar gastos e trocar dívidas caras por mais baratas.
  • Superendividamento: o ideal é buscar ajuda em órgãos como o Procon ou no Núcleo de Superendividamento do Poder Judiciário para renegociar de forma mais segura.

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