Há 100 anos
No dia 19 de março de 1925, a gerência do Banco do Brasil em Pelotas abriu um edital de concorrência aos interessados em construir um prédio destinado à sede da instituição. O projeto, para estudo, fazia uma série de exigências. O documento, em duas vias, por exemplo, não poderia haver rasuras ou ressalvas. Os concorrentes deveriam ser pessoas idôneas e se estivesse em sociedade constituída, a mesma deveria ser citada, com o valor da capital. O vencedor deveria terminar a obra – que incluía a demolição do prédio que estava no local, a nova edificação e toda a parte hidráulica e pintura em 12 meses.
Ainda no documento publicado no jornal, só seriam aceitas as propostas cujos concorrentes depositassem previamente Dois Contos de Réis como garantia de apresentação de proposta. O vencedor teve dez dias para depositar Dez Contos de Réis como garantia de execução da obra. As propostas foram abertas no dia 16 de abril, às 15h, daquele ano. O edital foi assinado pelo gerente Edgar Maciel de Sá e o contador Britto Fernandes.
Sua construção foi autorizada pelo ex-representante do Rio Grande do Sul no Congresso Nacional e presidente do Banco do Brasil, James Darcy, e o projeto elaborado pelo engenheiro Paulo Gertum. As obras se iniciaram em 1926 e foram concluídas dois anos depois. No último pavimento ficava a residência do gerente do banco, Maciel de Sá, e sua família. Há relatos de que a mobília e os equipamentos correspondiam à imponência do empreendimento que surgia na cidade. O Banco do Brasil funcionou por 58 anos.
Hoje, o prédio conhecido como das Finanças está em vistas de restauro em uma parceria público-privada entre Prefeitura e Senac, para abrigar uma escola de Gastronomia e ser um espaço de convivência. O edifício fica junto à praça Coronel Pedro Osório esquina Praça Sete de Julho. O imóvel é integrante do patrimônio cultural do Município, protegido pela Lei 4568/2000. Também é um dos bens que recebeu indicação de Tombamento Parcial Federal, em 2018, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotenses
Há 50 anos
63,5% da população de Pelotas é imunizada contra a meningite
Em 1975, o Brasil deu início à Campanha Nacional de vacinação contra a Meningite Meningocócica. Durante a década de 1970, o país enfrentou a pior epidemia contra a doença de toda sua história, que teve início na cidade de São Paulo e logo se espalhou por outros distritos e estados.
Em março daquele ano, a equipe da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul esteve em Pelotas durante três dias para imunizar a população contra a meningite. Do público-alvo, 63,5% dos pelotenses receberam a dose, ou seja, 134,8 mil pessoas. O posto de saúde mais procurado foi o do Abrigo Central, com 21 mil imunizações. As lojas Mazza também receberam um bom público (15,7 mil) e o PAMS Fragata (16,6 mil). O Colégio Estadual Cassiano do Nascimento foi outro ponto de maior procura, com 15, 3 mil nos três dias.
Paralelamente à campanha de vacinação, a 3ª Coordenadoria Regional de Saúde realizou ainda uma campanha contra a poliomielite para crianças, com a aplicação de 6.856 doses. De acordo com a publicação, as duas campanhas foram consideradas um fato inédito e se expandiu para todos os municípios da Zona Sul.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotenses e Governo Federal