Há 50 anos
No dia 19 de março de 1985 teve início a demolição do prédio histórico que ficava na rua Marechal Floriano com 15 de Novembro, conhecido como Torre Eiffel. Já em estado de deterioração, o sobrado deu lugar para a nova sede do Banco Bamerindus. Uma equipe de trabalhadores, comandados por Francisco Schaun, tomava muitos cuidados com o material.
Na ocasião, Schaun disse que tinha um “profundo prazer em destruir”. Isso porque adorava observar o material de construção da época e pela intensa procura de pessoas querendo adquirir material de construção, principalmente pinho de riga para decorar a casa.
Sem saber sobre a história do sobrado, o responsável pela demolição contou, à época, que devia ser uma edificação de 100 anos e ter cerca de 30 metros pela rua 15 de Novembro e 18 pela Floriano, com 18 metros de altura. Já os móveis foram vendidos para interessados em antiguidade.
O sobrado de construção mista – primeiro andar residencial e o térreo um comércio – abrigou a loja de tecidos Torre Eiffel. O proprietário do prédio era Antônio Raimundo de Assumpção. A estrutura foi erguida em 1880. O arquiteto era José Isella.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense/Olhares de Pelotas
Há 40 anos
Empresas de ônibus podem pedir aumento de tarifa
Após o aumento de 25% no valor das passagens de ônibus de Pelotas, em março. de 1985 a categoria anunciou que, se houvesse reajuste dos combustíveis, entrariam junto à prefeitura com o pedido de aumento das passagens.
Na época, o assessor jurídico disse que o reajuste de 25% concedido na passagem representava 15% a mais na arrecadação do setor, o que permitiria pagar a folha de pessoas, reajustada em 81%, mais os encargos sociais. Se houvesse majoração do diesel, a categoria não teria como arcar com as despesas, uma vez que a tarifa era reajustada semestralmente e não acompanhava o crescimento do índice inflacionário.
Há 100 anos
Pelotas teria inspeção sanitária vegetal
Por intermédio do intendente municipal Augusto Simões Lopes, Pelotas passaria a ter inspeção vegetal. Com a presença de pragas em alguns pomares da região, o Ministério da Agricultura havia interditado desde 1924 a saída de plantas vivas, causando grande prejuízo aos produtores locais. Mobilizados, os produtores solicitaram a Simões reverter o quadro.
O Ministério da Agricultura mantinha em atividade um serviço de vigilância sanitária vegetal em Rio Grande, chefiado pelo inspetor engenheiro Eugênio Bruck, para controlar a entrada e saída de plantas suspeitas de doenças contagiosas e ainda realizar regularmente viagens ao interior ministrando conselho de combate às pragas e a prevenção delas. Isso não ocorria em Pelotas, pois os recursos eram escassos.
Diante dos fatos, o intendente solicitou que um profissional elaborasse um plano de eliminação dos parasitas nas lavouras do município. O pedido foi atendido e o inspetor chefe designou o agrônomo Josué Deslandes para desempenhar a função. O custo para o trabalho de inspeção e prevenção foi custeado pelo intendente e para o Estado, essa foi uma medida pioneira que veio a beneficiar vários produtores agrícolas.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense