A dragagem do canal São Gonçalo deverá começar ainda neste mês. Com contrato assinado desde o fim de fevereiro, a intervenção, que também inclui os canais Pedras Brancas, Leitão e Furadinho, promete melhorar as condições de movimentação de cargas.
Orçado em R$ 12 milhões, o desassoreamento do canal São Gonçalo prevê a remoção de 427 mil metros cúbicos de detritos do trecho que dá acesso ao canal entre a Lagoa dos Patos e o Porto de Pelotas. O serviço deve ser realizado em até 18 meses.
Batimetria
De acordo com a Portos RS, o processo de batimetria no canal São Gonçalo já está concluído. “O contrato da batimetria para toda hidrovia já está assinado e uma empresa já está trabalhando para fazer o levantamento batimétrico de todos os demais canais que nós não tínhamos batimetria”, afirma Cristiano Klinger, presidente da empresa pública.
Canal do Porto de Rio Grande
O maior serviço de dragagem está no canal de acesso ao Porto do Rio Grande, onde é esperada a retirada de 12,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. O investimento total para o trabalho é de R$ 437 milhões.
Klinger afirma que o processo poderá iniciar a partir da próxima semana. “Na nossa licença ambiental de dragagem do canal de Rio Grande diz que a gente não pode iniciar a dragagem no período de verão. Então a gente precisa passar o verão, para poder fazer a contratação e iniciar a obra”, explica.
Apesar da estação terminar em 21 de março, o presidente afirma que a Portos RS já está avançando com o processo burocrático, como o licenciamento ambiental junto ao Ibama, que já foi aprovado. “A obra que eu não posso iniciar antes [de 20 de março], mas, certamente, o restante do trâmite a gente já vai fazendo antes disso”, destaca Klinger.
A obra tem como objetivo aumentar a navegabilidade e a competitividade do complexo portuário rio-grandino, elevando o seu calado para 15 metros, o que permitirá a atracação de navios maiores e com mais cargas.
Investimentos
O recurso para a dragagem nos canais da região faz parte de um total de R$ 731 milhões investidos através do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) do governo do Estado. A iniciativa pretende recuperar as hidrovias que sofreram com o acúmulo de sedimentos por conta das enchentes de maio de 2024 e melhorar a infraestrutura do porto da capital.
Primeira fase
O canal de Itapuã, em Viamão, foi o primeiro a passar pelo processo de dragagem emergencial financiado pelo Funrigs. Iniciado em novembro, logo após o encalhe de dois navios, o local está atualmente com 90% das obras concluídas.