Valverde Praia Clube sedia encontro internacional da pescadores durante dois dias

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Valverde Praia Clube sedia encontro internacional da pescadores durante dois dias

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Atualizado domingo,
16 de Março de 2025 às 15:54

A criação de um trapiche foi iniciativa dos sócios do clube. (Foto: Heitor Araujo)

O Valverde Praia Clube realizou o 6º Encontro Internacional de Pesca da Lagoa dos Patos, entre os dias 15 e 16 de março de 1975.  O evento integrou cerca de 100 pescadores, entre eles representantes gaúchos filiados à Federação Sul Riograndense de Pesca e Lançamento, paulistas e representantes de clubes argentinos, uruguaios e paraguaios.

Da Argentina participaram três clubes, a Associação Argentina de Pesca, o Clube de Pescadores de Buenos Aires e o Clube de Pesca do Banco da Província de Buenos Aires. Os uruguaios foram representados por pescadores do Clube de Pesca Punta del Este, do Clube de Pesca de Maldonado e dos Clubes de Rocha e La Paloma.

Do Paraguai, integraram o evento as equipes da Associação Paraguaia de Caça e Pesca, do Clube de Pesca de Iguá e do Clube de Pesca Porto Santonio. Pelotas foi representada unicamente pelo Valverde Praia Clube, por ser filiado à Federação. A competição teve duas provas realizadas uma em cada dia, a partir das 14h.

Material

Os participantes competiram nas modalidades prova de beira de praia e prova de embarcação, esta última exigia caniço no máximo de dois metros e 20 centímetros, com linha de 0,40 centímetros de espessura, dois anzóis no máximo e chumbada de peso livre. O mesmo material, com exceção do caniço, que era de 3,5 metros, era também utilizado na competição de beira de praia.

Trapiche como legado

Criado em 1963, o Valverde Praia Clube não sobreviveu às mudanças comportamentais da sociedade. Em busca de um local sossegado para a pesca, os associados reivindicaram um espaço dentro da lagoa dos Patos. Com a conceção da Marinha, foi construído em 1968 o trapiche do Valverde.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Eleitores de Pelotas se preparam para votar novamente

Depois dos levantes contra os governos do Estado e do país, que dividiram os gaúchos entre 1923 e 1924, os gaúchos voltavam às urnas. Desta vez para eleger  os deputados da Assembleia dos Representantes, em 15 de março de 1925.

Nesta eleição, Pelotas foi dividida em 23 seções com no máximo 500 eleitores cada, sendo 13 na área urbana e dez nos distritos rurais. Os eleitores poderiam votar das 9h, na medida em que eram chamados.

De acordo com a lei estadual, só haveria uma chamada. Porém o eleitor, que tivesse perdido sua chamada, poderia votar na sua seção até as 15h, portando seu título federal de eleitor.

Ainda conforme as determinações da justiça do Estado, se até as 15h a chamada não tivesse sido finalizada ou ainda algum eleitor retardatário estivesse ainda por votar, os mesários deveriam recolher os títulos de quem estivesse por lá. Neste caso, quem chegasse depois da coleta, não poderia mais votar. Entre os locais de votação estavam o Teatro Sete de Abril, o Colégio Pelotense, que na época ocupava o antigo casarão da família Ribas, na Félix da Cunha esquina Tiradentes, onde hoje está a UniSenac, no Centro Espírita José Luíz Pinto da Silva, na Bibliotheca Pública e na Casa de Carlos Alberto Brauner, na estrada do Retiro, atual avenida Fernando Osorio.

Voto das mulheres

Naquela época somente os homens votavam.  Somente em 1932, foi instituída uma nova legislação eleitoral e as mulheres conquistaram o direito ao voto. Foi também no início da década de 30 que o voto passou a ser secreto, após a criação do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais. Até 1985, quando foi promulgada a Emenda Constitucional nº 25 à Constituição de 1967, os analfabetos também não tinham o direito de votar.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense/ Agência Câmara de Notícias

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