O Ibama emitiu a licença prévia que permite a construção da segunda ponte internacional na fronteira com o Uruguai, entre Jaguarão e Rio Branco. Com validade de cinco anos, a licença permite que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) comece a obra da ponte, que será paralela à histórica ponte Barão de Mauá.
O Dnit, no entanto, ainda não possui previsão de início das obras. Segundo o departamento, os técnicos seguem na elaboração dos projetos de engenharia. A estimativa é de que a obra terá um custo de R$ 211 milhões.
Em agosto do ano passado, o Dnit assinou o contrato para a elaboração do projeto básico e do projeto executivo para as obras e as operações necessárias para a construção da segunda ponte internacional.
Uma nova ponte sobre o rio Jaguarão é aguardada há mais de 20 anos. Em 2007, os governos brasileiro e uruguaio firmaram um acordo para a construção de uma nova travessia. O projeto, no entanto, só teve avanços nos últimos anos, quando o presidente Lula (PT) prometeu tirar a obra do papel.
Uma das principais vias de acesso entre o Brasil e o Uruguai, a ponte Barão de Mauá tem um fluxo crescente de veículos nos últimos anos. A passagem de veículos pela ponte cresceu de 20,9 mil em 2016 para 33,2 mil em 2023. A ponte histórica já não suporta o alto fluxo de veículos e não pode ser alterada por ser tombada.
Patrimônio histórico
A construção da Ponte Internacional Barão de Mauá, financiada pelo Uruguai para quitar uma dívida de guerra, iniciou em 1927 e foi concluída em 1930. Com mais de dois mil metros de extensão, a ponte foi o primeiro bem binacional tombado pelo Iphan, em 2011, e o primeiro patrimônio cultural reconhecido pelo Mercosul, em 2015.