Após um ano e quatro meses da apresentação ao governo e ao setor empresarial de Pelotas, o projeto para duplicação da BR-293 – da praça 20 de Setembro com avenida Duque de Caxias até o viaduto da BR-116 na Fenadoce – está mais próximo de ser licitado. O anúncio é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).
A proposta inclui ainda intervenções entre o viaduto do contorno de Pelotas e do trem no Capão do Leão. Uma segunda etapa contemplaria o entroncamento com a BR-116, no bairro Jardim América, até o trevo de acesso ao centro de Capão do Leão.
A assessoria do Dnit informa que trabalha nos preparativos legais para lançar a licitação do projeto, sem data prevista. Em Pelotas são esperados pelo menos quatro viadutos de acesso a importantes vias. O engenheiro-chefe do Dnit, Vladimir Casa, diz que o certame ainda não foi lançado, mas o assunto segue sendo trabalhado em âmbito interno. “O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) foi dispensado por se tratar de segmentos críticos”, explica o engenheiro. Seguem em vigor os processos para o licenciamento ambiental. “Mas estamos muito mais próximos da licitação do que estávamos na ocasião [2023]”, ressalta.
Via fundamental
Também conhecido como avenida Presidente João Goulart, o trecho abrange 5,3 quilômetros de extensão e liga o Centro da cidade à zona industrial, também sendo a principal saída do município para as demais regiões. Com ponto de acesso à vila Farroupilha, passou a ter maior fluxo a partir da rótula que liga a avenida Teodoro Müller e a Francisco Caruccio.
Preocupação
Caso a rodovia venha a ser duplicada, o chefe da 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pelotas, Daniel Pitrez, atenta para a regularização das entradas e saídas de bairro para as vias marginais paralelas à rodovia principal na questão de segurança. Como o trecho tem três radares de controle de velocidade, o motorista está consciente que não pode cometer excessos no local. “A pretensa duplicação possivelmente vai propiciar uma regulamentação de velocidade acima do que temos hoje no local”, observa.
Melhora do fluxo
Motorista de caminhão há 15 anos, Renato de Oliveira Borges, 40, diz que a duplicação vai ajudar bastante o fluxo de veículos, principalmente nos horários de pico, pela manhã, quando há bastante movimento de carros de passeio e caminhões. “Tem o horário que o pessoal solta do trabalho é que tranca mais. E sendo o acesso para cidade e pra BR fica bastante movimentada. A duplicação seria essencial”, opina.
Com base na preocupação da PRF em relação à velocidade, Borges acredita que os motoristas já se acostumaram a respeitar o limite de velocidade, ainda mais que há controladores de velocidade ao longo do trecho. “Aqui é um perímetro urbano e o pessoal normalmente mantém o limite de velocidade permitida”.