“Quando elas encontram a melhor versão delas mesmas é marcante”

Abre aspas

“Quando elas encontram a melhor versão delas mesmas é marcante”

Gisela Soares Dias da Costa é fisioterapeuta dermatofuncional

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“Quando elas encontram a melhor versão delas mesmas é marcante”
Gisela trabalha com a autoestima dos pacientes há nove anos. (Foto: Arquivo pessoal)

A fisioterapeuta dermatofuncional Gisela Soares Dias da Costa compartilha detalhes sobre essa profissão, que vai além da estética e tem um impacto significativo na qualidade de vida e autoestima dos pacientes.

O que te motivou a escolher a Fisioterapia Dermatofuncional como carreira?

A Dermatofuncional não foi a minha primeira opção. Por mais que ainda na faculdade houvesse um flerte com a especialidade, ela não foi a escolhida no primeiro momento de formada. Acabou entrando na minha vida por uma necessidade, já que eu havia ingressado em uma franquia de depilação a laser, e ter a especialização em Dermato era um plus para subir de cargo dentro da empresa. Dessa forma, acabei cursando a especialização. Ao sair da franquia, sem me dar conta, já estava completamente apaixonada pela área. E lá se vão quase nove anos trabalhando com a autoestima dos pacientes.

Quais são os desafios mais comuns que você enfrenta no dia a dia da profissão?

Hoje posso dizer que os desafios são um pouco menores do que há alguns anos. Nos últimos dois anos, principalmente no Rio Grande do Sul, houve uma melhora significativa com relação ao apoio aos próprios profissionais por parte do conselho regional. Ainda temos várias batalhas no caminho, mas com a troca da gestão do conselho, os profissionais passaram a se sentir muito mais seguros e amparados. Talvez, hoje, o maior desafio seja com relação aos ataques por reserva de mercado.

Existe algum caso ou transformação de paciente que te marcou?

Centenas. A maioria das pacientes que chegam no consultório buscando algum tipo de tratamento ou transformação, geralmente estão passando por questões internas muito maiores. Nunca é só um tratamento para gordura localizada ou um botox. As demandas das pacientes normalmente são marcadas por questões pessoais que nem podemos imaginar olhando de fora, e eu sou extremamente grata e honrada por ser escolhida por elas para realizar esse cuidado no formato “estético” em momentos tão marcantes. Às vezes, é um filho que criou asas e saiu de casa depois de ela ter se dedicado a uma vida inteira de cuidados a ele, ou uma separação de um relacionamento de anos. Por trás de cada procedimento estético há uma questão maior. Fazer parte desta reabilitação interna das pacientes é das coisas mais gratificantes da vida. Quando elas enxergam o resultado do procedimento estético e encontram a melhor versão delas mesmas é sempre extremamente marcante.

Que conselhos você daria para quem quer seguir essa área?

O clichê: ‘Estude!’. O mundo está em movimento constante, a área da saúde também. O mercado nos engole diariamente com lançamentos e novidades (que, às vezes, nem são tão novas assim). Conheça a fundo os procedimentos, as técnicas, os produtos, mas também estude e entenda sobre pessoas. Saiba, também, que o fato de não estar lidando diretamente com a doença (em particular para quem vai optar pelo caminho da estética), não quer dizer que não esteja reabilitando. Muito pelo contrário, nós reabilitamos autoestimas diariamente. Essa combinação é o pulo do gato para o que eu considero a tríade perfeita: resultado entregue conforme a expectativa alinhada, paciente feliz com o resultado, e profissional feliz por ter entregado o resultado. Estes três em harmonia com certeza são o segredo para uma carreira de sucesso

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