Um dos destaques da temporada de verão nas praias da região Sul foi a grande presença de turistas sul-americanos, sobretudo argentinos e uruguaios. Os principais destinos dos estrangeiros no litoral sul são as praias do Cassino, Laranjal e Hermenegildo.
A proximidade com a fronteira e o custo-benefício em comparação com balneários de seus próprios países são fatores que têm contribuído para esse movimento. Jean Nunes, 26 anos, representante de uma pousada no Laranjal, afirma que os turistas internacionais foram responsáveis por grande parte da lotação do veraneio. “A gente praticamente lotou janeiro e fevereiro com metade uruguaio e argentino. Foi muito bom. A gente tem nove apartamentos e seis eram uruguaios”, afirma.
Nunes garante que os uruguaios “nem choram” na hora do pagamento. “O Uruguai tem uma semana gorda, como eles chamam, que é quando o dólar tá mais alto, mais valorizado. Eles aproveitam esse momento para tirar férias e vir para cá e nem ‘choram’ para pagar a diária, porque o dólar deles tá bom”, explica.
Viagem longa para conhecer a região
Os argentinos Corina, Edgardo e Marta moram em Rosário, na Argentina, e viajaram cerca de 750 quilômetros para realizar o sonho de conhecer as praias do litoral sul gaúcho.
“Outros amigos argentinos nos recomendaram Pelotas. Nós sempre quisemos vir, mas nunca pudemos. Agora que estamos aposentados, estamos com mais tempo e conseguimos vir”, comenta Edgardo.
Corina explica que eles iniciaram a viagem na última semana entrando no Brasil por Rivera, no Uruguai, na fronteira com Santana do Livramento, e seguirão viagem pela região Sul nos próximos dias.
“Chegamos no domingo à noite e vamos ficar até quarta-feira aqui [no Laranjal]. Depois vamos para o Cassino e no final de semana para o Hermenegildo. Depois voltamos pelas praias do Uruguai até a Argentina”, explica.
A família comenta que, apesar das despesas com a viagem, passar as férias no Brasil é muito mais vantajoso. “Os apartamentos e lugares para dormir são a metade do preço aqui do que na Argentina”, diz Corina.
“Aqui é muito barato. Já compramos várias coisas e pretendemos comprar mais ao longo da viagem”, complementa Edgardo.
