O Brasil perdeu de virada por 2 a 1 para o São José durante a noite deste sábado (8), no gramado sintético do estádio Francisco Novelletto, em Porto Alegre. O Xavante, que manifestou indignação pelo pênalti que resultou no primeiro gol do adversário, ficou com um jogador a menos aos 43 minutos da etapa inicial, quando Histone foi expulso.
O resultado na partida de abertura da quinta e penúltima rodada do quadrangular contra o rebaixamento mantém o Rubro-Negro com cinco pontos, em terceiro lugar, dentro do Z-2. Já o Zequinha não apenas aumenta a vantagem na liderança como garante permanência na elite com uma rodada de antecedência.
Neste cenário, portanto, ao menos um clube pelotense cairá para a Divisão de Acesso de 2026. A penúltima rodada do quadrangular termina neste domingo, quando o Pelotas visita o Avenida, às 16h, em Santa Cruz do Sul. Uma derrota rebaixa o Lobo, mas uma vitória o tira do Z-2. O Brasil fica de olho no saldo de gols dos adversários.
Classificação do quadrangular
1º São José | 10 pontos | 3 vitórias | saldo +2 | 10 gols pró
2º Avenida | 5 pontos | 1 vitória | saldo zero | 6 gols pró
3º Brasil | 5 pontos | 1 vitória | saldo -1 | 5 gols pró
4º Pelotas | 3 pontos | zero vitória | saldo -1 | 4 gols pró
Placar | Agenda
5ª rodada
Sábado (8)
São José 2 x 1 Brasil
Domingo (9)
16h | Avenida x Pelotas
6ª rodada
Sem data
Pelotas x São José
Brasil x Avenida
Xavante suporta pressão inicial
A bola rolou no gramado sintético da casa do São José e o time da casa fez uma pressão inicial. Aos quatro minutos, a equipe comandada por Hélio Vieira já registrava quatro finalizações. No primeiro giro do cronômetro, Renê obrigou Gabriel Oliveira a fazer uma defesa difícil, no alto.
O Brasil demorava a se encontrar e, aos dez minutos, Rael errou passe ao sofrer pressão na saída de bola. Douglas ficou com ela e bateu, acertando o pé da trave direita. Esse susto representou um divisor de águas na partida: a partir daí, o time de Pingo se encontrou, passou a defender com maior eficiência e conseguiu alguns ataques.
O treinador rubro-negro apostou na polivalência de Alan Bald, lateral-esquerdo de origem e que vinha atuando como volante neste Gauchão. Com a camisa 11, Bald iniciou o jogo no lugar de Sorriso na ponta esquerda. Outra troca em relação ao Bra-Pel foi natural: Guilherme Cerqueira reassumiu o posto de Áquila na zaga.
Gols, expulsões e VAR
Enquanto mantinha o placar zerado fora de casa, o Xavante perdeu, ainda no primeiro tempo, dois jogadores para o duelo decisivo contra o Avenida. Rael tomou o terceiro cartão amarelo, mesmo caso de Histone – que viria a ser expulso logo em seguida. Antes do vermelho aplicado ao camisa 7, entretanto, o Brasil largou em vantagem.
Aos 29 minutos, Alan Bald bateu de primeira sem chances para Fábio Rampi após escanteio: 1 a 0. O cenário poderia ter ficado ainda melhor para o Rubro-Negro quando Lucas Horn recebeu chamado para rever, no monitor, lance de Jhonata Varela e Gabriel Oliveira. O camisa 5 do São José corria risco de expulsão por deixar o pé no goleiro do Brasil na dividida, mas não foi essa a decisão do árbitro de campo.
Se Varela permaneceu em campo, Histone acabou indo para o chuveiro mais cedo. O atacante matou um contra-ataque puxado por Renê e tomou o segundo amarelo. Com dez homens, o Brasil tentava segurar a vitória parcial mas, antes do intervalo, Rodrigo Brand da Silva orientou revisão de jogada de Danielzinho e Alan Bald. Lucas Horn concordou com o VAR e marcou penalidade. O goleiro Fábio Rampi converteu aos 53 minutos: 1 a 1.
Ainda durante a partida, o Rubro-Negro publicou nas redes sociais um vídeo do lance do pênalti com a legenda “parece repetitivo, mas não é. Mais uma vez contra o Brasil”.
Time da casa vira o placar
Para o segundo tempo, Pingo posicionou o Brasil em um 4-4-1. Saiu Kauê e entrou Higor Farias. A partida teve muito menos lances perigosos do que até o intervalo. O primeiro deles surgiu aos 12 minutos, quando Lailson cruzou da esquerda e Giovane Gomez cabeceou perto da trave.
Apesar da inferioridade numérica, o Xavante se segurava sem ceder ocasiões claras ao oponente. Aos 23, o lateral-direito Danielzinho apareceu livre na segunda trave mas pegou mal na bola. Em seguida, Pingo sacou Rael, com amarelo, e colocou Marcel, lateral-direito de origem, para atuar na ponta esquerda. Alan Bald virou volante ao lado de Fabro.
Foi Marcel o protagonista de um lance aos 32 minutos, com Rafael Dumas na área. O VAR indicou checagem por possível pênalti. Desta vez, Lucas Horn não deu. Mas bastou a partida recomeçar para, em um cruzamento de Varela, da direita, Douglas subir e cabecear no canto de Gabriel Oliveira: 2 a 1.
Ficou difícil para o Rubro-Negro correr atrás da desvantagem. O saldo de gols pode cumprir papel decisivo na última rodada do quadrangular, ou seja, não sofrer o terceiro também pesava na balança. Ainda entrou Sorriso na vaga de Fabro para uma tentativa de pressão derradeira, porém o São José não correu riscos e se salvou do descenso. O Brasil seguirá correndo atrás do mesmo objetivo.
Ficha técnica
São José (2): Fábio Rampi; Danielzinho, Rafael Dumas, Jadson e Lailson (Tiago Pedra, 40’ 2T); Jhonata Varela, Maicon Assis (Ghiven, intervalo / Bagatini, 29’ 2T) e Gabriel Terra; Renê (Marcos Vinícius, 29’ 2T), Douglas e Giovane Gomez. Técnico: Hélio Vieira.
Brasil (1): Gabriel Oliveira; Danilo, Bruno Miguel, Guilherme Cerqueira e Higor Martins; Rael (Marcel, 28’ 2T), Juliano Fabro (Sorriso, 44’ 2T), Kauê (Higor Farias, intervalo); Histone, Alan Bald e Vini Charopem. Técnico: Pingo.
Gols: Fábio Rampi, aos 53’ 1T, e Douglas, aos 34’ 2T (SJ); Alan Bald, aos 29’ 1T (B).
Cartões amarelos: Ghiven (SJ); Rael, Histone, Vini Charopem, Higor Farias e Danilo (B).
Cartão vermelho: Histone.
Árbitro: Lucas Horn.
VAR: Rodrigo Brand da Silva.
Local: estádio Francisco Novelletto, sem público.