Pescadores protestam contra a cota da Tainha na Lagoa dos Patos

Manifestação

Pescadores protestam contra a cota da Tainha na Lagoa dos Patos

Trabalhadores de cidades da região reclamam das novas restrições à pesca

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Atualizado quarta-feira,
05 de Março de 2025 às 11:02

Pescadores protestam contra a cota da Tainha na Lagoa dos Patos
Pescadores artesanais bloqueiam a passagem de veículos. (Foto: Cíntia Piegas)

Em protesto contra a cota para a pesca da tainha na Lagoa dos Patos, pescadores artesanais de Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço do Sul trancaram a passagem de veículos no pedágio do Capão Seco na manhã desta quarta-feira (5).

“O nosso protesto é porque agora tem a cota da Tainha, de 88,3 quilos por mês pro pescador pescar na Lagoa dos Patos. É injusto eles colocarem 2,3 mil toneladas para quase quatro mil pescadores poder pescar licenciado, sendo que vai ser 88,3 quilos para cada. Isso dá R$ 240 e o pescador não vive com essa migalha”, disse a pescadora da Colônia Z-3, Célia Carvalho.

Durante a manifestação, os pescadores impedem a passagem de veículos no pedágio, que fica no km 52 da BR-392, por cerca de dez minutos, e depois liberam o tráfego por dez minutos.

Entenda

Na sexta-feira (28), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publicaram a Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26/2025, que estabelece o limite de captura, as cotas de captura por modalidade e área de pesca, e as medidas de registro, monitoramento e controle associadas, da espécie tainha (Mugil liza), para o ano de 2025, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

O limite de captura total da espécie tainha (Mugil liza) é de 6.795 mil toneladas, definido com base na avaliação de estoque mais recente da espécie, publicada em 2023, e considerando as discussões do Grupo de Trabalho da Tainha.

Ecosul

A Ecosul informa que a Praça do Capão Seco, no km 52 da BR-392, em Rio Grande, teve seu trabalho interrompido na manhã desta quarta-feira (5) em razão de protesto realizado por pescadores, sem relação com a concessão. Com o bloqueio das pistas em ambos os sentidos e a suspensão da operação em razão da liberação das cancelas do pedágio pelos manifestantes, a cada 10 minutos, a concessionária procurou garantir a segurança de seus colaboradores, retirando-os das cabines de cobrança do pedágio. A Ecosul está adotando as medidas judiciais cabíveis e acompanha a manifestação, que está sendo monitorada pela PRF.

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