A Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) realiza na quinta-feira a assembleia que irá eleger a nova gestão da entidade. A atual presidente é a ex-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), e o favorito para assumir o cargo é o prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga (PP).
Fundada há 60 anos, a Azonasul tradicionalmente define a sua presidência por um rodízio de partidos, começando pela sigla com o maior número de prefeitos. Com dez prefeituras, o PP manteve a hegemonia na região. Em seu segundo mandato, Ronaldo Madruga tornou-se o nome de consenso por ter uma boa relação com o resto dos gestores.
Ainda presidente, Paula Mascarenhas destaca a importância do corpo técnico da Azonasul, que se mantém apesar das trocas de governos. “Sempre admirei muito a instituição, que ao longo de sua história angariou credibilidade e respeitabilidade, muito por conta da equipe, que acaba sendo apartidária e dá essa credibilidade para a instituição”, destaca.
Pautas para 2025
“Tenho bastante expectativa para defender as pautas municipalistas, de levar o interesse de todos os municípios”, resume Madruga. Segundo ele, a chapa será composta por prefeitos de vários partidos.
Como prioridade, o prefeito de Pinheiro Machado destaca a dificuldade de municípios acessarem convênios do Estado sem assumir a responsabilidade pelo transporte escolar de alunos da rede estadual que, segundo ele, causa prejuízos para as prefeituras. Ele também cita a elevação dos custos para os municípios no convênio com o IPE Saúde.
O prefeito também defende a união da região para cobrar dos governos estadual e federal o direcionamento de políticas públicas para os municípios mais pobres. “No nosso caso, que somos municípios pobres, que vivem da pecuária e do setor primário, sofremos porque não somos tratados com equidade”, afirma.
Agência de Desenvolvimento
Em seu ano na presidência, Paula Mascarenhas foi responsável por dar a largada na Agência de Desenvolvimento Regional. Ela afirma que a ideia da agência já existia. “Fiz com muito prazer e determinação, porque acredito que seja uma alternativa”, afirma.
Atualmente, a agência foca em duas câmaras técnicas principais, de turismo e resiliência. Segundo Paula, que continuará na presidência da agência, o momento é de identificar qual o melhor formato para a entidade recém criada.
Paula ressalta a parceria com a Invest RS, agência de desenvolvimento do governo do Estado. “Como um case que pode ser compartilhado com outras regiões, eles têm todo o interesse de nos ajudar a constituir algo sólido”, pontua.