Há 50 anos
O descerramento de um marco em granito, na praça Sete de Setembro, em Rio Grande assinalou o local onde foi erguido do forte Jesus-Maria-José, em 19 de fevereiro de 1737. A data, 238 anos depois, foi celebrada ainda com solenidade realizada junto ao monumento do fundador, o brigadeiro português José da Silva Paes, na praça Xavier Ferreira. As festividades de aniversário ainda contaram com uma celebração de uma missa pelo bispo Dom Frederico Didonet, na Igreja Nossa Senhora da Conceição.
288 anos antes
A cidade, fundada por Silva Paes, chega aos 288 anos hoje com uma população de mais de 190 mil pessoas. A área de Rio Grande já era mostrada em mapas holandeses décadas antes do início da colonização portuguesa na região. Por volta de 1720, bandeirantes vicentistas vindos de Laguna chegaram à região de São José do Norte para buscar o gado cimarrón (selvagem) vindo das missões.
Uma expedição militar portuguesa a mando de José da Silva Paes foi enviada com o propósito de garantir a posse das terras situadas ao sul do Brasil, acabou por fixar o grupo onde hoje é o município. Em 19 de fevereiro, Silva Paes fundou o presídio de Rio Grande, uma colônia militar na desembocadura do rio São Pedro, que liga a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico.
Núcleo da colônia
O presídio deu origem ao Forte Jesus-Maria-José, que se tornou o núcleo da colônia de Rio Grande de São Pedro, fundada em maio do mesmo ano. O nome “Rio Grande” fazia alusão à desembocadura da Lagoa dos Patos no Oceano Atlântico.
Rio Grande de São Pedro foi elevada a vila em 1751 e a cidade, em 27 de junho de 1835. Naquele ano, Rio Grande serviu como capital imperial da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, ponto estratégico para abafar a recém iniciada Revolução Farroupilha.
Há 100 anos
Imprensa local relembra a data de fundação da vizinha cidade
O aniversário de 188 anos da cidade de Rio Grande foi notícia na imprensa local. O município, onde “a vida política e administrativa do Rio Grande do Sul encontra as suas mais remotas origens”, destaca o jornal Diário Popular.
A publicação ainda reproduziu uma manifestação de um jornalista do município, lembrando que não havia o hábito de se celebrar a data. O articulista ainda lamentava a falta de marcos e monumentos, relembrando a história do município. “Não temos sequer lembrado numa placa de qualquer via pública. Tivemos há anos em intenção ao dia da cidade, uma rua denominada 10 de fevereiro, em vez de 19, equívoco já estudado e explicado”, registrou. O equívoco foi desfeito e a data é ainda lembrada em via da região central, entre as ruas 24 de Maio e Visconde de Paranaguá.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Acordo garante salvaguarda de acervo do TRT-4
Mais um acervo histórico se mantém sob a guarda do o Núcleo de Documentação Histórica da UFPel – Profa. Beatriz Loner (NDH), o dos processos trabalhistas da Justiça do Trabalho de Pelotas, a partir dos anos 1930 até o final da década de 1990. A salvaguarda deste documentos é possível com a renovação de acordo de cooperação técnica para a guarda, em regime de comodato, entre a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4).
São mais de 90 mil processos que auxiliam a contar a história do trabalho e dos trabalhadores do município no século 20.
O acervo encontra-se no Núcleo desde 2005, quando equipes do Memorial da Justiça do Trabalho (TRT-4) e as professoras Beatriz Loner (então coordenadora do NDH) e Lorena Gill estabeleceram as primeiras conversas e os termos para a guarda documental por parte da Universidade. Até 2030 os documentos continuam sob a responsabilidade do NDH e podem ser objeto de estudos e busca de direitos, como tem sido até o presente.