NDH/UFPel recebe dissertação e coleção da Gazeta Pelotense
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Quinta-Feira20 de Fevereiro de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

NDH/UFPel recebe dissertação e coleção da Gazeta Pelotense

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Atualizado terça-feira,
18 de Fevereiro de 2025 às 11:57

O Núcleo de Documentação Histórica (NDH) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) recebeu a doação da dissertação de Amílcar Alexandre Oliveira da Rosa sobre a Gazeta Pelotense e uma coleção de exemplares do periódico. A dissertação, intitulada Gazeta Pelotense, ensaio para uma imprensa de transição, foi defendida em 2021 no Programa de Pós-Graduação em História da UFPel. O material será digitalizado, seguindo a perspectiva adotada pelo NDH, de democratização do conhecimento e estará disponível para consulta.

A cerimônia contou com a presença da coordenadora do NDH, Lorena Gill, do diretor do Instituto de Ciências Humanas da UFPel, Sebastião Peres, do jornalista e historiador Amílcar Alexandre Oliveira da Rosa, do juiz de direito aposentado, Aldyr Rosenthal Schlee, filho de Aldyr Garcia Schlee, um dos fundadores do periódico, e do jornalista Luiz Carlos Vaz, que auxiliou na busca e organização do material.

Veículo inovador

Foram produzidos 91 exemplares durante o curto período de existência (Foto: Silvana Moreira)

Nos anos 1970, período de ebulição política e social no Brasil, a Gazeta Pelotense surgiu em Pelotas (RS) como um veículo inovador de jornalismo. Financiado pelo empresário do ramo de transportes, Manuel Marques da Fonseca Júnior, e criado com um projeto gráfico ousado por Aldyr Garcia Schlee, o jornal combinava expressão artística e compromisso político, sendo um espaço para jornalistas, fotógrafos e intelectuais da região. Sua circulação, entre setembro de 1976 e janeiro de 1977, trouxe inovação e resistência ao cenário da imprensa local.

A Gazeta Pelotense era um jornal tabloide diário com 24 páginas e um caderno dominical com 16 páginas. Surgiu vespertino, mas, após apenas a primeira edição, passou a ser matutino. Dos 91 publicados, foram obtidos 88 números.

Há 50 anos 

Governador inaugura ponte sobre o Saco da Mangueira

Autoridades rio-grandinas aguardavam a visita do governador do Estado, Euclides Triches, para a inauguração da nova ponte sobre o Saco da Mangueira. A ligação entre o município e o Superporto, na 4ª Seção da Barra, tinha 240 metros de extensão.

Ponto de concreto substituiu a ponte da estrada de ferro, construída por companhia francesa (Foto: Paulo Fernando Goulart Dias)

A inauguração, no dia 18 de fevereiro de 1975, representou o fechamento de um longo capítulo na história das grandes obras em Rio Grande. A primeira ponte naquele local foi uma estrutura de ferro construída pela Compagnie Française du Port de Rio Grande, no início do século para permitir o transporte das pedras destinadas aos molhes da Barra.

A passagem foi usada até a década de 1960 quando o Defrec a interditou por causa da ferrugem que corroía a base da estrutura de metal. Antes disso o Governo Federal tentou construir uma ponte de concreto, mas com problemas técnicos, o projeto foi abandonado e segue por lá até hoje.

Cômoros de areias brancas

Uma ex-moradora da Vila Santa Tereza lembra que para passar para o outro lado havia uma ponte estreita, que passava ao lado dos trilhos. “Ao lado tinha uma ponte, de madeira sobre trilhos, tinha de passar um por vez. A gente passava se segurando por um corrimão também de ferro. Dava muito medo”, conta Gersy Goulart, 85 anos. O sacrifício era recompensado pela praia do outro lado da margem, águas bem límpidas e cômoros de areia, branquinha e fininha, muito altos. 

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Trecho da 15 de Novembro recebe iluminação pública

A intendência investiu no crescimento da iluminação elétrica pública. Em caráter experimental, a rua 15 de Novembro, entre as praças da República (atual Coronel Pedro Osório) e José Bonifácio, recebeu postes e lâmpadas. 

A ampliação da rede elétrica estava a cargo da Buxton- Guilayn e Cia. O trabalho da empresa, com sedes em Buenos Aires e Pelotas, foi elogiado na imprensa. A companhia foi responsável pela implantação da iluminação e dos bondes elétricos no município.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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