Usando o diálogo como ferramenta para o enfrentamento da crise climática, Pelotas promoveu sua 3ª Conferência Municipal do Meio Ambiente (3ª CMMAPel). Membros da sociedade civil, setor empresarial e poder público lotaram o auditório Dom Antônio Zattera, da Universidade Católica de Pelotas, para abordar os desafios e soluções às questões do clima na cidade. Dez propostas foram aprovadas para serem enviadas à 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente do RS, que ocorrerá em março.
O CMMAPel é organizado pela Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) e Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compam), e integra um movimento nacional de discussões sobre os desastres naturais. A metodologia trabalhada em todo o país também dividiu o evento em duas etapas: pela manhã, aconteceram dinâmicas e palestras de professores; e pela tarde, a conferência foi separada em cinco eixos temáticos, de onde surgiram as iniciativas priorizadas.
Envolvimento social
Ativista ambiental, Daniel Barreto é conselheiro do Compam e organizador do simpósio. O militante enfatiza a participação da sociedade civil nas escolhas governamentais. Em Pelotas, ele explica, os eventos climáticos extremos ajudaram a formar grupos que pensam as questões ambientais, como o Fórum de Defesa da Democracia Ambiental, grupos de moradores do bairro Umuarama e pescadores ribeirinhos. A comunidade organizada configurou mais de 60% das inscrições para o congresso.
Papel da SQA
O titular da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), Márcio Souza, salienta a importância do evento e Pelotas. Ele também indica a necessidade da SQA ter condições de propor políticas públicas que levem em conta a sustentabilidade, o preservacionismo e o desenvolvimento econômico e social, além de apresentar projetos para a cidade. Segundo o secretário, efeitos catastróficos da mudança e da emergência climática podem ser amenizados com ações que prevejam os incidentes e adotem uma estrutura pública com condições de resposta.