O Sanep lançou nesta semana a licitação para a execução de obras de recuperação de parte do canal do Pepino. Com a sobrecarga ocasionada pela enchente de maio de 2024, o revestimento lateral de concreto foi destruído, principalmente nas proximidades da casa de bombas Anglo. Para garantir o pleno funcionamento da drenagem das águas, as estruturas têm que ser reconstruídas.
Com uma extensão de cerca de cinco quilômetros, o canal do Pepino é responsável por boa parte da drenagem das águas do Centro. O canal inicia na rótula entre a avenida Bento Gonçalves, a Ferreira Viana e a Juscelino Kubitschek, em frente ao supermercado Carrefour, e segue até a casa de bombas do Porto, onde o volume pluviométrico é escoado para o canal São Gonçalo.
Conforme explica o diretor-presidente do Sanep, Ellemar Wojahn, sem a cobertura de cimento nas laterais, há o perigo de assoreamento de parte do canal. “É um canal totalmente revestido de concreto e, em algumas partes, as paredes laterais acabaram colapsando [na enchente] e esse problema é agravado pelo descarte irregular de resíduos”, diz.
Diante disso, o projeto de recuperação da estrutura foi cadastrado junto à Defesa Civil Nacional para receber aporte financeiro. Segundo Wojahn, foram liberados R$ 480 mil para a execução das obras. “A abertura das propostas da licitação vai ocorrer no dia 26 e o prazo para a conclusão da obra é previsto em cinco meses”, detalha.
Os principais danos às paredes do canal estão presentes nas porções mais próximas à casa de bombas Anglo. No entanto, ainda há avarias em outros pontos, agravadas pelo descarte irregular de lixo no local. “Esse revestimento é fundamental para garantir o escoamento da água, porque com a terra ele seria assoreado, isso que precisamos evitar. A reconstrução das paredes laterais é fundamental para garantir o escoamento das águas de drenagem”, ressalta.