Há 100 anos
Um grupo de jovens da sociedade local promoveu um “assalto de carnaval” no palacete do intendente, Augusto Simões Lopes. O castelo, que tinha sido concluído em 1923, recebeu dezenas de convidados para o baile animado pela “jazz band” do maestro Amor. As danças tiveram início com um polonaise, na qual tomaram parte 48 pares, liderados pelo coronel Manoel Simões Lopes, acompanhado por Seraphina Simões Lopes. “…e o salão movimentou-se numa procissão carnavalesca”, descreveu o cronista da revista Illustração Pelotense.
No jornal Diário Popular a coluna social registrava: “O palacete apresentava um aspecto soberbo, com uma iluminação feérica deslumbrante”. A iluminação também foi apontada na revista, que a qualificou com um “incêndio”.
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A iluminação do castelo foi destaque na crônica social. (Foto: Reprodução)
Sobre a chegada, o cronista da Illustração Pelotense ainda descreve: “A entrada pelo jardim, um arlequim nos dizia coisas da intimidade, introduzindo-nos entre os outros convidados. O ar estava impregnado do perfume do carnaval”. E seguiu: “Pierretti mostrou-me o casal doutor Simões Lopes. Cumprimentamo-lo, subindo a larga escadaria que dá acesso ao hall”.
A festa foi até a madrugada, conforme o jornal, que anunciou o próximo “assalto”: seria na casa de Lourival Maciel. Os jovens, organizadores da folia, aproveitaram a data de aniversário de Dhéa Maciel, filha do futuro anfitrião.
Para saber
Os “assaltos carnavalescos” eram festas realizadas em residências de figuras da alta sociedade, marcando o lado luxuoso da festividade. De acordo com o pesquisador Carlos Henrique Moura Barbosa, autor da dissertação A cidade das Máscaras: Carnavais na Fortaleza nas décadas de 1920 e 1930 (2007), a palavra “assalto sugere um ataque repentino”. Porém não era o que acontecia nestes casos, os eventos realizados pelos ilustres foliões eram previamente combinados para que os anfitriões pudessem preparar a casa para a folia.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; revista Illustração Pelotense; A cidade das Máscaras: Carnavais na Fortaleza nas décadas de 1920 1930 (2007), de Henrique Moura Barbosa.
Há 50 anos
Prefeitura divulga programação do aniversário de 238 anos de Rio Grande
A prefeitura de Rio Grande divulgou a programação do 238º aniversário do município, que seria realizada no dia 19 de fevereiro de 1975. As atividades começariam pela manhã, com hasteamento das bandeiras nacional e do Estado junto ao monumento a Silva Paes, na praça Xavier Ferreira.
Ainda pela manhã estava programada a inauguração de uma exposição na Escola de Belas Artes Heitor de Lemos e outra na sede da Capitania dos Portos. Também estava no programa o descerramento do marco alusivo ao biênio da imigração e colonização portuguesa na praça Sete de Setembro. Ainda haveria missa em ação de graças na Igreja Nossa Senhora da Conceição e Carnaval, na rua Marechal Floriano.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense.
Há 105 anos
Começa a obra de construção do Guarany
O mês de fevereiro, mais precisamente o dia 4, marcou o início da construção do Theatro Guarany. A iniciativa era dos empresários Rosauro Zambrano, Francisco Xavier e Francisco Santos, que formavam a empresa Zambrano, Xavier & Santos. A obra ficou pronta em 1921 e a inauguração ocorreu no mês de abril.
Pouco tempo depois da inauguração, a sociedade foi desmembrada com a saída de Xavier e Santos e a aquisição de todas as cotas por Rosauro Zambrano. Desde então, a administração do Theatro pertence à família Zambrano.
Fonte: Teatro Guarany de Pelotas-RS: História, Patrimônio e sua Apropriação Turística, de Dalila Rosa Hallal e Dalila Müller.