É necessário lembrar sempre da responsabilidade de cada um dentro das urgências e demandas de viver em comunidade. Por exemplo, é absurdo o fato citado na reportagem da contracapa de ontem: há 20 anos uma comunidade espera que seus problemas com esgoto e drenagem sejam resolvidos. Passaram cinco prefeitos e precisou de uma decisão judicial que obrigasse a resolução, com prazo de cinco dias. Realmente o poder público não conseguiu fazer isso antes? É muita irresponsabilidade!
Corta para a foto menor da capa de terça-feira. A alta grama nas calçadas, responsabilidade dos moradores, é uma das coisas que prejudicam muito a nossa paisagem urbana. Com uma crise de autoestima comunitária, a população precisa lembrar que antes de cobrar o poder público, deve fazer sua parte. Basta, por exemplo, circular pela volta do Canal do Pepino e ver a quantidade de sacolas jogadas ali dentro. Na próxima chuva em grande volume, haverá cobrança ao poder público. Mas o quanto disso é responsabilidade da população?
Vivemos agora um momento de alerta para a dengue. Nos últimos anos, esse problema se tornou recorrente em Pelotas e até um óbito registramos no ano passado. Diante desse cenário, mais uma vez há a urgência de um alinhamento entre administração pública e população. É preciso que o governo continue os mutirões de conscientização e de verificação nas casas, mas essa é só uma etapa. Afinal, cabe à população evitar a água parada, por exemplo, e manter um processo constante de higienização de possíveis criatórios dos mosquitos.
Viver em comunidade é uma grande colaboração coletiva. Por isso, é urgente que a população tenha consciência de que grande parte disso faz parte de ações individuais. E sobre o restante, é preciso manter cobrança constante sobre todos os governos para funcionar.