“A gente vive mais aqui do que na nossa casa”
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Quarta-Feira26 de Fevereiro de 2025

Personagens da dupla

“A gente vive mais aqui do que na nossa casa”

Celina Castro trabalha há 13 anos no Pelotas e é a funcionária mais antiga do clube

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Atualizado sexta-feira,
07 de Fevereiro de 2025 às 11:47

“A gente vive mais aqui do que na nossa casa”
Celina está diariamente na Boca do Lobo a partir das 7h30min (Foto: Jô Folha)

Quem frequenta a Boca do Lobo conhece Celina Castro. Diariamente, das 7h30min às 18h30min, lá está ela. A funcionária mais antiga do Esporte Clube Pelotas chegou ao clube em 2012 para trabalhar como faxineira. Depois, aceitou convite para atuar na lavanderia. Na prática, como outros colegas, acaba fazendo muito mais do que uma só tarefa.

“Cada um tem a sua função, mas na verdade ninguém tem função. Se tiver que marcar o campo a gente vai, se tiver que ir para a bilheteria, para a cozinha, a gente vai. O objetivo é que seja um bom campeonato e que a gente consiga ter vitória. E quando tem derrota, a gente sente, sofre, mas tem esperança, porque quem vive no futebol sabe que um dia se ganha e no outro se perde”, resume.

Celina viverá amanhã seu 17º Bra-Pel como colaboradora do Lobo. Ela lembra com carinho, por exemplo, dos clássicos do segundo semestre de 2013, quando o Áureo-Cerúleo celebrou no Bento Freitas a conquista da Copa Sul-Fronteira. À época, fez amizade com o então jogador Bruno Coutinho, que retornou no ano passado à Boca do Lobo como treinador do Monsoon.

Ela chegou ao clube em 2012 para trabalhar como faxineira. Hoje, faz várias funções (Foto: Jô Folha)

Bastidores

Desde o café da manhã, passando pelo almoço e as demandas que surgem a cada dia, Celina e os colegas ganharam recentemente uma nova parceria. Adotada pelos funcionários do clube durante a enchente de maio, a cadelinha Athena virou o xodó de muitos frequentadores da Boca do Lobo. Uma das atribuições de Celina, portanto, é permitir que Athena gaste energia correndo no início da manhã.

“As histórias são muitas. Quem não conhece o meio do futebol não tem nem noção. A gente vive e respira o futebol. Cada campeonato entra jogador novo, tem a adaptação de todos. A gente procura receber todos os guris bem. A gente vive mais aqui do que na nossa casa”, destaca a mais antiga funcionária áureo-cerúlea.

Finalizado o clássico de sábado e dispersados os milhares de olhares para a Boca do Lobo, em seguida o Pelotas encerrará sua campanha no Gauchão. Neste ano, o time principal ficará sem atuar por alguns meses, mas Celina, é claro, vai seguir lá. “O Pelotas é um clube que é uma família, e toda família tem as suas brigas. Mas é muito acolhedor, ao menos eu me sinto assim. Porque 13 anos, tu viver, de domingo a domingo… É muito bom”.

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