Nascido em Bagé, em 1899, Jorge Salis Goulart, radicado em Pelotas, tornou-se na década de 1920 uma referência na literatura pelotense gaúcha e na educação local. “Um jovem poeta que começou sua trajetória intelectual neste momento em que o pensamento brasileiro estava impregnado pela idéia do nacionalismo e a função do artista e do intelectual havia adquirido um novo sentido”, registra o pesquisador Jefferson Teles Martins na dissertação de mestrado, O pensamento histórico e Social de Jorge Salis Goulart: Uma incursão pelo “campo” intelectual rio-grandense na década de 1920 (PUC-RS).
A produção literária de Goulart teve início em 1919, com a coletânea de poemas, Auroras e Poentes. Mas foi em 1925, que o escritor atingiu sua maior produção, lançando livros nos estilos prosa, poema e romance, respectivamente: Poemas para nós mesmos; Confissões – Livros dos Namorados e A vertigem.
Atuação na comunidade
Mas a intelectualidade de Goulart não se restringiu aos livros, o bageense contribui para a formação de muitos pelotenses tanto como professor quanto como jornalista. Foi professor na Escola Prática do Comércio, em 1924, e professor efetivo de História do Brasil no Colégio Pelotense, a partir de 1925, e na Faculdade de Direito, da cadeira de Introdução à Ciência do Direito.
Atuou também em diferentes jornais de Pelotas, como o Jornal da Manhã, em 1925, diretor do Diário Popular, em 1927. No mesmo ano se tornou 1º secretário da Biblioteca Pública de Pelotas. E em 1928, era sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Morreu em 1934, em Pelotas.
Fonte: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul
Há 75 anos
Clássico com ares de Copa do Mundo
Embalado pelo clássico que se aproxima, o Memórias traz de volta mais um relato do jornalista J. Éder, no livro Bra Pel – A rivalidade no Sul do Rio Grande do Sul (Editora Livraria Mundial, 2010). Na obra, entre outras tantas histórias que ajudaram a inflar a importância dos jogos do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas contra o Esporte Clube Pelotas, o escritor lembra um jogo que aconteceu em 16 de julho de 1950, quando a seleção Brasileira perdeu a final da Copa do Mundo para o selecionado uruguaio.
No Maracanã a bola rolou às 15h, no Estádio do Bancário, em Pelotas, a partida estava marcada para as 15h30min. E as torcidas estavam lá, provando que “o futebol local era mais importante do que tudo”, sentenciou o autor.
O resultado do jogo foi um a zero para o Xavante, gol marcado no segundo tempo, por Galego.Naquele ano, o Brasil conquistou o tri-campeonato citadino de forma invicta.
Há 50 anos
Colégio Diocesano tem mais de dois mil alunos
A comunidade de Pelotas poderia contar com o Colégio Diocesano de Pelotas, fundado em 7 de setembro de 1956, por Dom Antônio Zattera. Na década de 1970 a instituição educacional chegou a acolher mais de dois mil alunos em seus três turnos, distribuídos nas 22 salas amplas, na época com mobiliário moderno.
Em 1970, a terceira série do que futuramente se tornaria o Ensino Médio, foi transformada em colégio universitário. A instituição também serviu de Escola de Aplicação de alunos da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Pelotas.
Porém na década de 1980, deficitário o Colégio entrou em declínio e precisou ser fechado em 1982. As instalações deram lugar a alguns cursos oferecidos pela UCPel, como psicologia e jornalismo. Há quase dez anos o prédio é utilizado pela Universidade Federal de Pelotas.
Fontes: Pelotas Destaques 70; blog Pelotas Cultural