Com uma área física de 72 hectares e com uma produtividade média de 18 toneladas por hectare, fevereiro marca o começo da colheita da batata-doce em Pelotas. Devido às condições climáticas, a expectativa é de obter uma boa safra em 2024/2025, de 1,4 mil toneladas, produção que deverá ficar próxima da safra de 2023/2024.
Conforme o extensionista rural da Emater RS/Ascom, André Perleberg, caso se mantenha as condições climáticas atuais, com chuvas na normalidade e horas de luz elevadas, a expectativa de uma boa safra deve se confirmar. No decorrer da safra atual, o principal problema enfrentado foi no preparo do solo e plantio das mudas, visto as chuvas acima do normal registradas em outubro de 2024, começo da cultura no município.
“Com a supersaturação dos solos, para a maioria das propriedades rurais produtoras, só foi possível dar início às atividades de preparo do solo e plantio das mudas na segunda quinzena de novembro, atrasando o plantio da cultura”, comenta Perleberg. Algumas áreas já estão começando a colheita, mas para a maioria dos produtores o período mais intenso será em meados de março.
De acordo com o Censo Anual Olerícola da EMATER, o município de Pelotas dispõe de 122 produtores de batata-doce, com uma área física de 72 hectares. Devido às limitações do mercado local de não conseguir absorver toda a produção, as áreas com o cultivo da batata-doce vem se mantendo estável nos últimos anos.
“A batata-doce é uma cultura que agrega valor, ou seja, possui uma produtividade média boa por área de cultivo. Além disso, oferece um custo de produção inferior, comparado com outras culturas comerciais”, avalia o extensionista.
Preço
Para as áreas onde já iniciou-se a colheita, o valor médio de abertura de safra pago ao produtor está em torno de R$3,25 o quilo para a batata-doce branca e de R$4,00 o quilo para a batata-doce amarela.
Boa safra
De acordo com o produtor Jaques Drawanz Hartwig, de Pelotas, está safra promete ser melhor da obtida no ano anterior. “Tenho mais ou menos plantado 5.500 mudas. Esperamos colher por volta de 100 caixas, cerca de 2 mil a 2,5 mil quilos”, projeta.
Para Hartwig, o período de plantio foi bom devido a alta umidade, o que fez as mudas pegarem bem. “Os pés estão mais carregados, por mais que sofremos um pouco de de seca no início, as chuvas que vieram agora conseguiram reverter e fazer crescer as hortaliças. Cálculo de um aumento de 30% na produtividade em relação ao ano passado e retrasado”, diz.
Um dos motivos de Hartwig optar pelo plantio se deve ao baixo custo de investimento. “Todos os anos deixamos um pedaço já para fazer muda para o próximo ano. Então não temos gastos com mudas, somente com adubo”, conta. Na avaliação do produtor, o preço da batata-doce também vem compensando os custos de produção. “Na feira, estamos vendendo mais ou menos R$5,00 o quilo”, diz.