A Zona Sul tem dado exemplo de união em favor das pautas de interesse coletivo. Embora nacionalmente, e até dentro dos municípios, tenhamos uma polarização bastante significativa em termos políticos, não é o que se vê quando se trata dos temas regionais. São políticos de direita, esquerda e centro reunidos em debate, deixando o partidarismo de lado e focando no que, de fato, interessa para o coletivo. Essa, hoje, é a nossa grande força.
A vida acontece aqui, não em Brasília. Parece uma frase sem sentido, mas é a mais pura verdade: as decisões tomadas lá, e às vezes em Porto Alegre, ecoam no cotidiano da nossa gente. E são tomadas por quem muitas vezes jamais botou o pé no nosso chão. Por isso, é importante fazer nossas vozes serem ouvidas e coletivamente isso é muito mais forte.
Nesta sexta-feira houve a primeira reunião da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), em Pinheiro Machado. Com prefeitos das mais variadas vertentes ideológicas, a pauta são as dores em comum, principalmente as últimas duas pancadas que nossa região sofreu: a proposta de novos pedágios no caminho para Porto Alegre e o desligamento da usina termelétrica de Candiota.
Tais pautas já vêm na onda de outras que abraçamos e encontramos resultado: o Hospital Escola da UFPel, a continuidade da duplicação da BR-116, a não-renovação da concessão atual do Polo Pelotas. Provamos que juntos alcançamos alguns dos nossos objetivos. Mas ainda faltam tantos outros.
Há que sempre relembrar os nossos políticos de que é importante deixar a ideologia de lado sempre quando se trata de assuntos locais. Amizades ou rusgas com os governos federal, estadual ou qualquer outra esfera têm que ser esquecidos, tanto na hora do pedido, quanto na hora da crítica ou do elogio. É o que vem sendo feito, com sucesso, nos últimos anos e não pode ser afrouxado agora.
