Vereadores aprovam reforma administrativa em Rio Grande
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira30 de Janeiro de 2025

Com cinco novas secretarias

Vereadores aprovam reforma administrativa em Rio Grande

Com apoio de opositores, base governista aprova ampliação da estrutura municipal

Por

Vereadores aprovam reforma administrativa em Rio Grande
Proposta teve 11 votos favoráveis e nove contrários. (Foto: Daniel Costa)

A reforma administrativa da prefeitura de Rio Grande foi aprovada pela Câmara de Vereadores. Com 11 votos favoráveis e nove contrários, o projeto de lei garante a criação de cinco secretarias e de 125 novas vagas, sendo 56 CCs (cargos de comissão) e 69 Funções de Direção e Chefia (FDCs).

Agora, o texto passa para sanção da prefeita Darlene Pereira (PT), que calcula um impacto de R$ 7 milhões ao ano nos cofres do município. Os novos secretários devem ser anunciados na próxima semana, conforme a prefeitura.

A sessão

O PLE 02/2025 foi tema de discussão durante mais de quatro horas. A sessão extraordinária, realizada na quarta-feira (29), teve o plenário lotado de apoiadores e opositores que vibravam a cada pronunciamento dos parlamentares.

Argumentos da reforma

Quando apresentou o projeto aos vereadores, na segunda-feira, Darlene justificou a mudança como “decisiva para a recuperação e reconstrução dos serviços públicos em Rio Grande”. Para ela, a redução no número de secretarias, realizada pela última gestão, “ampliou as demandas da comunidade”.

Na mesma linha, os vereadores favoráveis ao projeto garantem que a estrutura da antiga gestão não deu certo e que a reforma administrativa é essencial para o desenvolvimento do município.

“Vejo com muita naturalidade rever o que não deu certo. Vimos que não deu certo a junção das secretarias de Infraestrutura com Serviços Urbanos, então vamos desmembrá-la, assim como a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, que perdemos recursos de emendas por falta de pessoas”, argumenta o vereador da situação, Glauber Nunes (PT).

Críticas da oposição

Por outro lado, a oposição questiona o orçamento do município e afirma que a criação de novos cargos seria uma forma de “pagar a conta da campanha”, a partir da contratação de CCs.

“Não adianta termos 40 secretarias se lá só tiver gente para trabalhar e não tiver estrutura orçamentária. […] Esse projeto não é para a atenção de políticas públicas, mas sim para pagamento de conta de campanha”, afirma o vereador da oposição, Enio Fernandez Júnior (MDB).

Apoio da oposição

A aprovação da reforma administrativa passa diretamente pelo apoio de dois vereadores considerados de oposição. Lary (sem partido) e Salomão Moraes (PL) foram favoráveis ao projeto e garantiram a vitória governista com uma pequena vantagem.

Lary (sem partido) anunciou na última semana a sua saída do MDB, após não ingressar na Frente Parlamentar de Oposição. Em sua justificativa de voto, o vereador garantiu que seus eleitores também são da situação e que isso faria com que ele votasse com o governo.

Sob muitas críticas de vereadores da oposição, Salomão Moraes (PL) afirma que “ninguém vai formar a minha opinião diante daquilo que o povo merece”.

Redução do déficit previsto

A sessão extraordinária também contou com a aprovação de dois decretos que visam reduzir o déficit orçamentário do município para 2025, previsto em R$ 96 milhões.

O decreto 21.512 garante “a criação de um grupo de trabalho para implantação de redução das despesas municipais na ordem de R$ 65 milhões”. Já o documento 21.511 confirma a elaboração de um plano integrado de desenvolvimento econômico sustentável para a qualificação da arrecadação municipal.

 

Acompanhe
nossas
redes sociais