Os espetáculos do 13º Festival Internacional Sesc de Música encantam a todos que têm o privilégio de prestigiá-los. Para tornar essa experiência ainda melhor, a organização do evento preza pela inclusão por meio da acessibilidade para todos. Em 20 dos mais de 60 concertos, está disponível um intérprete de Libras para realizar as traduções. Além disso, no Theatro Guarany há livretos com a programação em braile.
Para Marcos Schmalfuss isso fez toda a diferença. O servidor público de 37 anos tem baixa visão desde os 11 anos por consequência da Doença de Stargardt, que tem como sintoma mais comum a perda lenta da visão central em ambos os olhos. Marcos já havia prestigiado outras apresentações do festival, mas na última segunda-feira foi ao seu primeiro concerto no Theatro Guarany. “Sem dúvidas, foi o que pude ter a melhor experiência no que diz respeito a quebra de barreiras”, relata.
Ele aponta que quando há alguma especificidade, a falta de adequação dos espaços ou de preparo por parte de quem presta o atendimento pode, em determinados momentos, fazer com que as pessoas se sintam deslocadas. Mas não foi com esse sentimento que ele saiu do Guarany.
Schmalfuss destaca o acolhimento e sensibilidade da equipe que, sabendo das suas especificidades, o encaminhou para o melhor local, com um telão posicionado da melhor forma e a qualidade do som. “Tudo isso me deixou muito confortável para apreciar o concerto do mais qualificado nível musical”, afirma o servidor público, que também é músico por formação.
Sucesso através da inclusão
O coordenador de música do Sesc/RS, Anderson Mueller, afirma que o sucesso do festival é resultado de como ele abraça a comunidade e isso só é possível com a inclusão de todos. Ele aponta que o Sesc preza pela acessibilidade em todos os sentidos durante o festival, seja propiciando espetáculos em locais de fácil acesso e distribuídos pela cidade, seja colocando ingressos gratuitos para todos e seja nas facilidades para as pessoas com deficiência.
