Comerciante local aposta na radiodifusão
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira30 de Janeiro de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Comerciante local aposta na radiodifusão

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As louças de cerâmica, cristal, vidro ou metal, além outros itens para a decoração, brinquedos, cutelaria e até material de ferragem o pelotense poderia encontrar no Palácio de Cristal. A loja ficava na Marechal Floriano, 6, próximo à rua 15 de Novembro, e quase em frente ao Hotel Rex, lembra o neto do empresário Carlos Goyheneix Sica, proprietário, o advogado Carlos Sica Diniz.

Animado com as novas experiências com a radiotelefonia ou radiodifusão, na década de 1920, o próspero comerciante, juntamente com o irmão Tobias Sica, o primo João Abrantes e os amigos Antônio Nogueira Filho, Baldomero Trápaga y Zorrilla e Alexandre Gastaud, começaram a pensar na criação de uma empresa deste ramo em Pelotas, que seria o início da Rádio Pelotense.

A Sociedade Rádio Pelotense foi fundada em 6 de junho de 1925, tornando-se a primeira do interior do Estado. Além de ser um dos fundadores, Goyheneix Sica foi também diretor da empresa por alguns anos. Sobre a loja Palácio de Cristal, Diniz comenta que ela funcionou na Marechal Floriano ao menos até a década de 1930.

Empresário Carlos Sica reuniu os amigos para o investimento (Reprodução)

Para saber

A primeira emissora brasileira foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, de 1923, fundada pelo antropólogo e educador Edgard Roquette-Pinto. Pioneiro, o empresário também viabilizou a primeira transmissão, em 1922. Em Pelotas, as primeiras experiências com a radiotelefonia foram feitas em 1924.

Fonte: Almanach de Pelotas; site http://www.radionors.jor.br/

Há 70 anos

Jornal pede o calçamento da avenida Brasil, no Simões Lopes

O jornal A Alvorada encampou uma campanha pelo calçamento da avenida Brasil, no Simões Lopes. Em publicação de 29 de janeiro de 1955, o articulista relembrava que a promessa vinha do governo de Joaquim Duval (1948-1952). “Fomos informados naquela ocasião, que a medida que fosse aumentando o número de prédios na dita avenida, o calçamento atingiria aquela zona.”

O governo de Duval previa calçamento a partir dos fundos da Escola Técnica (atual IFSul) até o Castelo do ex-prefeito, Augusto Simões Lopes, que morreu em 1941. O apelo naquele momento era ao prefeito Mário Meneghetti (1952-1956). 

O problema no verão era a quantidade de poeira e no inverno, o barro e os alagamentos. Na época, entre as edificações na avenida, estava a capela de Nossa Senhora Aparecida. “Observamos que durante as suas festividades o povo sofreu as consequências da falta de calçamento”, lembrava o artigo.

Fonte: A Alvorada/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Pelotas ganha a sua Unidade de Referência 

A Unidade de Referência Municipal (URM) utilizada pela prefeitura de Pelotas foi criada no governo do prefeito Ary Alcântara (1973-1977). De acordo com o segundo artigo da lei, os valores monetários seriam fixados com base no salário mínimo. 

Na época a “UR” foi fixada o valor de Cr$ 350,00, cruzeiros. Atualmente a Unidade de Referência está em R$154,31.

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