A proposta de criação de um comitê para olhar os gastos da prefeitura e evitar um potencial contingenciamento é uma espécie de vacina do governo de Fernando Marroni. O remédio, todos sabem, é bastante amargo e já veio em outros momentos. Balancear os gastos agora para evitar um corte profundo no futuro já era necessário lá atrás. Hoje, é caso de vida ou morte.
Faz pouco mais de um ano que já vivemos o terror de ver a prefeitura de Pelotas, ainda na gestão Paula Mascarenhas, precisando atrasar salários de servidores. No ano passado houve o empréstimo para pagar o 13º. Ou seja, a prefeitura já não conseguiu fechar, com os próprios recursos, os vencimentos salariais. Para esse ano, mais previsão de déficit. Urge, portanto, medidas nada paliativas para que a cidade volte a se sustentar minimamente.
Em paralelo ao controle de gastos, é preciso correr para estabelecer metas de elevar a arrecadação. Não de um jeito simplista, com aumento de impostos, mas com o necessário e também urgente fomento à geração de empregos, atração de empresas e recolhimento de recursos trazidos por tais iniciativas. Só assim a cidade vai andar em frente.
Estamos em um governo que mal começou seu mandato, não faz nem um mês do início da gestão, e este é um aceno positivo. Essa preocupação com o caixa do município deve acompanhar não só o atual, mas os próximos mandatos. Passa ainda pelo Legislativo, que tem por hábito gastar bastante, como vimos no ano passado, e agora parece também buscar uma maneira de apertar o cinto. Responsabilidade com recursos públicos nunca é demais.