Roda de “sons” do Samba do Rei começa a atravessar as fronteiras de Pelotas
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Música

Roda de “sons” do Samba do Rei começa a atravessar as fronteiras de Pelotas

Grupo musical formado por 15 músicos de sucesso na Zona Sul se prepara para tocar no litoral norte do Estado

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Atualizado sábado,
25 de Janeiro de 2025 às 15:40

Roda de “sons” do Samba do Rei começa a atravessar as fronteiras de Pelotas
Grupo toca em formato de roda de samba, mas com composições de diferentes estilos (Divulgação)

Uma roda de samba iniciada despretensiosamente em 2019 em Pelotas agradou em cheio ao público, que fez o sucesso da iniciativa dentro e fora do município. Com apresentações em cidades da Zona Sul, o Samba do Rei vai ganhar mais um palco, agora no litoral norte, mais precisamente na praia de Atlântida, na próxima quinta-feira.

O convite para integrar o cast do evento que antecipa o Planeta Atlântida pegou os integrantes do grupo de surpresa. A vocalista Shashah diz que levar a música deles para o outro lado do Estado é algo inesperado, que foge ao que eles tinham se proposto. “A gente nunca imaginava, até porque o nosso é estar junto, se divertir e automaticamente passar isso pras pessoas. Então foi uma surpresa muito boa”, comenta a cantora.

O grupo é formado por 15 músicos e, somado à equipe técnica que acompanha as apresentações, chegam a 22 pessoas envolvidas neste trabalho. A banda começou como uma junção de amigos reunidos pelo músico, professor e produtor musical Giovane Rita, no Laranjal. Na época o grupo se autointitulou Samba do Ben, inspirados pela admiração em comum pelo músico Jorge Ben Jor. 

Diferentes estilos

Diferentemente do que o nome sugere, o Samba do Ben, antigamente, ou do Rei, atual, vai além do samba e toca diferentes estilos da MPB, em geral mantendo os arranjos originais. Mas a iniciativa de Giovane Rita ficou conhecida mesmo quando passou a formar a sua “roda de sons”, como eles gostam de afirmar, no De Rose Beer, também no Laranjal.

“Os guris se juntaram e passaram a tocar lá, mas sem mudar nada da forma de tocar, mas aí passou a se chamar Samba do Rei, porque os amigos do Giovane Rita chamam ele de ‘rei’”, relembra Shashah, que só entrou para o grupo um tempo depois. O marido da vocalista, era aluno de Rita na escola O Batuta.

Convidado para assistir, o percussionista Roger Medeiros levou Shashah, que cantava mas não para grandes grupos. “Eu não tinha pretensão de nada, muito menos de ser uma das frentes da banda”, conta a cantora. Naquele dia ela fez uma participação e foi convidada para voltar outro dia e acabou ficando.

Mesmo com a pandemia, o grupo conseguiu manter os laços e retomar as atividades quando foi possível. A cantora diz que não há um objetivo a ser perseguido, talvez porque os músicos não vivem das apresentações do grupo, todos desenvolvem atividades paralelamente. “A gente quer estar juntos, se divertindo, aproveitando”, fala.

Projeto diferente

O convite para a apresentação surgiu depois de um show na praia do Cassino, balneário rio-grandino, no dia 27 de dezembro do ano passado. “A gente está meio que começando a ver como vai se organizar e trabalhar, mas ainda estamos meio perdidos”, comenta.

Uma das características das apresentações do Samba do Rei é manter o formato de roda, como uma maneira de ter o público bem próximo. “A gente tem viajado bastante aqui pelas cidades da volta, porque é um projeto diferente. Tocamos todo tipo de som. Para nossa surpresa, a resposta do público tem sido muito positiva”, diz.

No repertório do grupo há composições de sucesso na voz de Maria Betânia, O Rappa, Natiruts, Alceu Valença e Zé Ramalho, entre outros. Integram a roda de sons: Shashah (voz); Rafael Almeida (voz); Vitor Maciel (cavaco); Sérgio Paiva (voz e violão); Fernando Biedrzycki (Baixo); Marcelo Chamega (ganzá); Everton Elias (Bateria); Rafael Gouvêa (saxofone); Mateus Pinho (trompete); Wagner Nunes (trombone); Giovane Rita (percussão)

Róger Medeiros (percussão); Ranieli Oliveira (percussão); Leonardo Tavares (percussão)

Rai Trecha (teclado). Além de Lúcio Vasconcelos (técnico de som) e  Kauê Mendes (técnico de luz).

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