Uma roda de samba iniciada despretensiosamente em 2019 em Pelotas agradou em cheio ao público, que fez o sucesso da iniciativa dentro e fora do município. Com apresentações em cidades da Zona Sul, o Samba do Rei vai ganhar mais um palco, agora no litoral norte, mais precisamente na praia de Atlântida, na próxima quinta-feira.
O convite para integrar o cast do evento que antecipa o Planeta Atlântida pegou os integrantes do grupo de surpresa. A vocalista Shashah diz que levar a música deles para o outro lado do Estado é algo inesperado, que foge ao que eles tinham se proposto. “A gente nunca imaginava, até porque o nosso é estar junto, se divertir e automaticamente passar isso pras pessoas. Então foi uma surpresa muito boa”, comenta a cantora.
O grupo é formado por 15 músicos e, somado à equipe técnica que acompanha as apresentações, chegam a 22 pessoas envolvidas neste trabalho. A banda começou como uma junção de amigos reunidos pelo músico, professor e produtor musical Giovane Rita, no Laranjal. Na época o grupo se autointitulou Samba do Ben, inspirados pela admiração em comum pelo músico Jorge Ben Jor.
Diferentes estilos
Diferentemente do que o nome sugere, o Samba do Ben, antigamente, ou do Rei, atual, vai além do samba e toca diferentes estilos da MPB, em geral mantendo os arranjos originais. Mas a iniciativa de Giovane Rita ficou conhecida mesmo quando passou a formar a sua “roda de sons”, como eles gostam de afirmar, no De Rose Beer, também no Laranjal.
“Os guris se juntaram e passaram a tocar lá, mas sem mudar nada da forma de tocar, mas aí passou a se chamar Samba do Rei, porque os amigos do Giovane Rita chamam ele de ‘rei’”, relembra Shashah, que só entrou para o grupo um tempo depois. O marido da vocalista, era aluno de Rita na escola O Batuta.
Convidado para assistir, o percussionista Roger Medeiros levou Shashah, que cantava mas não para grandes grupos. “Eu não tinha pretensão de nada, muito menos de ser uma das frentes da banda”, conta a cantora. Naquele dia ela fez uma participação e foi convidada para voltar outro dia e acabou ficando.
Mesmo com a pandemia, o grupo conseguiu manter os laços e retomar as atividades quando foi possível. A cantora diz que não há um objetivo a ser perseguido, talvez porque os músicos não vivem das apresentações do grupo, todos desenvolvem atividades paralelamente. “A gente quer estar juntos, se divertindo, aproveitando”, fala.
Projeto diferente
O convite para a apresentação surgiu depois de um show na praia do Cassino, balneário rio-grandino, no dia 27 de dezembro do ano passado. “A gente está meio que começando a ver como vai se organizar e trabalhar, mas ainda estamos meio perdidos”, comenta.
Uma das características das apresentações do Samba do Rei é manter o formato de roda, como uma maneira de ter o público bem próximo. “A gente tem viajado bastante aqui pelas cidades da volta, porque é um projeto diferente. Tocamos todo tipo de som. Para nossa surpresa, a resposta do público tem sido muito positiva”, diz.
No repertório do grupo há composições de sucesso na voz de Maria Betânia, O Rappa, Natiruts, Alceu Valença e Zé Ramalho, entre outros. Integram a roda de sons: Shashah (voz); Rafael Almeida (voz); Vitor Maciel (cavaco); Sérgio Paiva (voz e violão); Fernando Biedrzycki (Baixo); Marcelo Chamega (ganzá); Everton Elias (Bateria); Rafael Gouvêa (saxofone); Mateus Pinho (trompete); Wagner Nunes (trombone); Giovane Rita (percussão)
Róger Medeiros (percussão); Ranieli Oliveira (percussão); Leonardo Tavares (percussão)
Rai Trecha (teclado). Além de Lúcio Vasconcelos (técnico de som) e Kauê Mendes (técnico de luz).
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